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ATAQUE CONTRA IMPRENSA

Repórter da Record é hostilizado e expulso por bolsonaristas de protesto

FOLHAPRESS

Jair Bolsonaro fala de Brasília com uma camisa azul e acena para seus apoiadores neste domingo

Jair Bolsonaro em protesto contra o STF neste domingo: repórter da Record é hostilizado

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 1/5/2022 - 19h36

Uma equipe de reportagem da TV Vitória, afiliada da Record no Espírito Santo, foi hostilizada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro neste domingo (1º) e teve que abandonar a cobertura dos protestos contra o STF (Supremo Tribunal Federal), que aconteciam em Vitória, capital do Estado. Os jornalistas precisaram ser escoltados pela Guarda Municipal para não sofrer agressões físicas de quem estava no local.

Segundo a TV Vitória, o repórter Alex Pandini e o cinegrafista José Jantorno trabalhavam na cobertura do movimento quando começaram a ser intimidados pelos manifestantes, que falavam palavras de ordem para a imprensa como um todo. Os gritos começaram quando a reportagem falava com uma mulher que pedia intervenção militar no Brasil.

Pandini foi abordado por um homem que o acusava de fazer uma "cobertura parcial". Sem clima para ficar no local, eles foram convidados a se retirar para preservar a segurança e a integridade física. Em dado momento, um homem que estava em um trio elétrico chegou a falar palavras de ordem contra os jornalistas.

Para preservar o protesto, outros manifestantes defenderam o trabalho da imprensa. O repórter e o cinegrafista saíram sob escolta da Guarda Municipal de Vitória, sob o som de muitas vaias. A TV Vitória disse repudiar o que aconteceu e defendeu a liberdade de imprensa para os jornalistas do Brasil.

Procurados pelo Notícias da TV, os organizadores do evento pró-Bolsonaro não foram localizados para comentar sobre o incidente. Já a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) enviou nota, assinada em conjunto com o Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santos, afirmando que os "profissionais precisam ser respeitados e não cerceados ou ameaçados".

Confira a íntegra da nota da Fenaj:

"O trabalho do jornalismo é apurar e relatar os fatos, o que tanto incomoda aos que utilizam de mentiras para se promoverem politicamente.

Os profissionais precisam ser respeitados e não cerceados ou ameaçados. Quem perde com esse tipo de atitude é a sociedade que deixa de ser informada.

O Sindicato dos Jornalistas também orienta aos profissionais que não se arrisquem neste tipo de cobertura. Cabe às empresas de comunicação garantir a segurança de seus jornalistas, não colocando em risco a vida dos profissionais, e aos órgãos de segurança pública proteger os trabalhadores e a comunidade.

Reforçamos que estamos à disposição dos jornalistas e encaminhamos denúncias dos fatos aos organismos competentes.

Agredir jornalista é agredir a democracia. Chega de fakes. Basta de violência!".


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