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SECRETÁRIA DE BOLSONARO

Regina Duarte diz que artistas do 'Ele não' estão dando tiro no pé

Reprodução/TV Globo

Regina Duarte durante entrevista ao Fantástico de 8 de março de 2020

Secretária especial de Cultura, Regina Duarte deu entrevista ao Fantástico na noite deste domingo (8)

REDAÇÃO

Publicado em 8/3/2020 - 22h57

Dispensada por causa da carreira política, Regina Duarte voltou à Globo neste domingo (8) para dar sua primeira entrevista exclusiva como secretária especial de Cultura de Jair Bolsonaro. No Fantástico, a atriz afirmou que busca unificar a classe artística, e que os colegas do movimento "Ele não" (contrário ao presidente) estão dando um tiro no pé.

"A polarização que foi sendo estimulada a partir do 'Ele não' é gravíssima, um tiro no pé da categoria. Por que passar por isso se o que a gente quer é a mesma coisa, que é se expressar artisticamente?", discursou Regina em conversa com Ernesto Paglia.

A atriz, que assumiu o cargo na quarta-feira (4), admitiu que ficou surpresa com os ataques que sofreu já nos primeiros dias como política --inclusive de alguns apoiadores do próprio Bolsonaro, que ficaram descontentes com a decisão da artista de demitir seguidores de Olavo de Carvalho da sua pasta.

"Já tem a hashtag #ForaRegina. E eu nem comecei. Eu só apaguei incêndios que as exonerações geraram. Como se fosse a primeira contratação política que mudasse os assessores. Eu preciso de uma equipe em que preciso confiar", disse ela, que fez um balanço da primeira semana em Brasília.

"[Foi de] Altos e baixos. Tive momentos maravilhosos, onde eu me senti muito viva, como há muito tempo não sentia. E ao mesmo tempo momentos angustiantes, em que eu tive de lidar com situações complicadas de política, uma coisa que nem passava pela minha cabeça. No nosso caso, o que a gente é quer fazer cultura."

Regina também alegou que pensou muito antes de aceitar o convite do presidente. "Levei um tempo, tive muitas dúvidas. É um aprendizado imenso para o qual eu não estava preparada, isso me assustava muito. Mas percebi que poderia dividir com uma equipe experiente, apaixonada por cultura", lembrou. E o que a levou a topar a mudança de carreira? "Por patriotismo, aceitei a missão."

Mesmo fora da Globo, a agora secretária confessou que não pretende largar a carreira artística. E cogita conciliar a política com os palcos. "Eu me lembro que o [Gilberto] Gil cantava quando era ministro", falou ela, em referência ao cantor que foi ministro da Cultura entre 2003 e 2008.

"Por enquanto, eu não me vejo com tempo nem possibilidade de pensar nisso. Eu estava, antes de ser convidada, ensaiando uma peça para estrear em março. Não vou nem falar o nome, mas está guardadinha na gaveta e vai voltar assim que possível", adiantou a atriz, a quarta pessoa a ocupar a secretaria especial de Cultura em 15 meses de governo Bolsonaro.

Sobre o seu antecessor, Roberto Alvim, demitido por fazer referências a discursos nazistas durante um pronunciamento, Regina assumiu postura crítica. "Ele foi tomado por um personagem e esqueceu que era secretário especial de Cultura de um país. Por isso, caiu. Aquilo foi um absurdo, eu lamento por ele, pelo desequilíbrio dele naquele momento. Pela falta de entendimento do que ele representa", detonou.

Questionada por Ernesto Paglia se via algum risco de repetir os passos de Alvim, ela fez piada. "Imagina eu incorporar a viúva Porcina [personagem que ela interpretou na novela Roque Santeiro, de 1985]? Balançar as pulseiras e falar 'uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa'? Acho que não", declarou a artista, aos risos.

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