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NOVO CARGO

Regina Duarte acerta fim de contrato com a Globo para ser secretária de Bolsonaro

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Regina Duarte sorri abraçada com o presidente da República, Jair Bolsonaro

Regina Duarte vai assumir a secretaria de Cultura, do governo de Jair Bolsonaro, no próximo dia 4

REDAÇÃO

Publicado em 28/2/2020 - 13h21

Regina Duarte foi oficialmente desligada da Globo nesta sexta-feira (28). A emissora divulgou um comunicado para informar que encerrou, em comum acordo, a relação contratual que já durava mais de 50 anos. Em 4 de março, a atriz vai assumir de vez o cargo na Secretaria Especial de Cultura no governo do presidente Jair Bolsonaro.

"Deixar a Globo é como deixar a casa paterna. Aqui recebi carinho, ensinamentos e tive a oportunidade de interpretar personagens extraordinárias, reveladoras do DNA da mulher brasileira", disse Regina, em comunicado da Globo à imprensa.

"Por mais de 50 anos sinto que pude viver, com a grande maioria do povo brasileiro, um caso de amor que, agora sei, é para sempre. E não existem palavras para expressar o tamanho da minha gratidão", agradeceu a artista.

"Que Deus me ilumine para que eu possa agora, na Secretaria Especial de Cultura do governo Bolsonaro, honrar meus aprendizados em benefício das Artes e das Expressões Culturais da população do meu país", declarou Regina Duarte.

Leia abaixo o comunicado, na íntegra:

"A Globo e a atriz Regina Duarte encerraram, em comum acordo, a relação contratual de mais de 50 anos de sucessos. A iniciativa deve-se à decisão da atriz de assumir a Secretaria Especial de Cultura do governo Bolsonaro."

“'Deixar a TV Globo é como deixar a casa paterna. Aqui recebi carinho, ensinamentos e tive a oportunidade de interpretar personagens extraordinárias, reveladoras do DNA da mulher brasileira. Por mais de 50 anos sinto que pude viver, com a grande maioria do povo brasileiro, um caso de amor que, agora sei, é para sempre. E não existem palavras para expressar o tamanho da minha gratidão.'"

"'Que Deus me ilumine para que eu possa agora, na Secretaria Especial de Cultura do Governo Bolsonaro, honrar meus aprendizados em benefício das Artes e das Expressões Culturais da população do meu país'", declara Regina Duarte.

"A estreia de Regina Duarte na Globo aconteceu em 1969, na novela Véu de Noiva. Desde então, a atriz deu vida a papéis marcantes da teledramaturgia brasileira, como a artista plástica Simone em Selva de Pedra (1972). Por conta de suas personagens, Regina Duarte ganhou o apelido de 'namoradinha do Brasil' e também viveu o ícone da emancipação feminina do fim dos anos 1970, com a protagonista de Malu Mulher (1979)".

"A atriz viveu as confusões da espalhafatosa Viúva Porcina com o fazendeiro Sinhozinho Malta (Tô certo ou tô errado?!), interpretado por Lima Duarte em Roque Santeiro (1985) , um dos maiores sucessos de audiência de todos os tempos. Outra atuação marcante de Regina foi Rachel Acioly de Vale Tudo (1988)".

"A atriz conquistou também, por três vezes, o papel mais emblemático da obra de Manoel Carlos. Regina foi Helena em História de Amor (1995); Por Amor (1997); e Páginas da Vida (2006). Em Chiquinha Gonzaga, de 1999, interpretou, com a filha Gabriela Duarte, a grande musicista brasileira. Foram 31 novelas, oito casos especiais e centenas de episódios em séries e minisséries na Globo".

Divórcio com a Globo, casamento com Bolsonaro

A Globo mantinha Regina contratada por gratidão, segundo uma alta fonte na emissora informou para o Notícias da TV em janeiro. Ela fazia parte do "patrimônio moral" da emissora, tal qual Fernanda Montenegro, Lima Duarte e Tony Ramos.

Intitulada "namoradinha do Brasil" nos anos 1970, a atriz foi muito importante para a consolidação da emissora como líder de audiência. Sua imagem está associada à renovação do gênero telenovela, no fim da década de 1960. Em seu currículo, ela tem personagens inesquecíveis, como a Viúva Porcina de Roque Santeiro (1985) e a Maria do Carmo de Rainha da Sucata (1990).

Nome do primeiro time da teledramaturgia da Globo, Regina Duarte perdeu esse status nos últimos dez anos. Sua última protagonista foi a médica Helena Camargo Varela, de Páginas da Vida, escrita por Manoel Carlos e exibida pela Globo entre julho de 2006 e março de 2007.

Depois de sua terceira Helena de Manoel Carlos, Regina Duarte até que defendeu bons papéis, mas eram todos coadjuvantes, como a lésbica Esther Viana, que gerou dois filhos artificialmente em Sete Vidas (2015), uma personagem que certamente reprovaria seu "namoro" com Bolsonaro.

A atriz de 73 anos não dava as caras nas novelas da Globo desde março de 2018, quando se encerrou Tempo de Amar (2017), trama das seis em que interpretava uma dona de bordel do bem e progressista.

Simpatizante de Bolsonaro desde a campanha de 2018, Regina foi convidada a ser secretária especial da Cultura em 17 de janeiro, após o então titular da pasta, Roberto Alvim, postar um vídeo em que plagiava o ministro da propaganda de Adolf Hitler (1889-1945). Regina entrou em fase de testes, um "noivado", como definiu o próprio governante.

O "casamento" está marcado para a próxima quarta-feira (4), às 11 horas, quando acontecerá a cerimônia de posse da atriz na Secretaria Especial da Cultura. O evento ocorrerá no Palácio do Planalto e terá a presença do presidente da República.

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