SABIA DEMAIS
REPRODUÇÃO/RECORD
Antônio Vinícius Lopes Gritzbach em entrevista exclusiva ao jornalista Roberto Cabrini
A Record exibirá neste domingo (10) uma entrevista de Roberto Cabrini com o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, que foi fuzilado no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, após ser acusado de envolvimento com as mortes de integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital). A conversa com o jornalista foi gravada em fevereiro. "Temo pela minha vida", admitiu o homem.
O conteúdo do encontro de Cabrini com Gritzbach irá ao ar durante o Domingo Espetacular. Na ocasião, ele revelou que havia sido acusado de desviar R$ 100 milhões da organização e também teve seu nome ligado aos assassinatos do traficante Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, e do motorista dele, Antônio Corona Neto, o Sem Sangue.
"Era uma relação de cliente [com o Anselmo]. Não desconhecia esse apelido [Cara Preta]. Era uma pessoa do bem. A minha atribuição era intermediar a compra e venda de imóveis. [Ele me procurou e disse] que queria investir. Fez uma compra de R$ 12 milhões", contou.
"Ele era uma pessoa que tinha família, que frequentou o escritório algumas vezes. Não tinha inimizade, descontentamento [entre nós]", continuou o empresário", continuou.
Na ocasião, Gritzbach afirmou que não imaginava ser acusado pelas mortes dos integrantes da facção e alegou ser inocente. "Não mandei matar ninguém. Eu não tive participação nenhuma. Em nenhum momento o Anselmo me incomodou. [Estou sendo acusado] porque talvez teria um plano deles que deu errado, e eu não morri. Pessoas que orquestraram um plano de me matar."
Em trechos que irão ao ar neste domingo (9), a Record mostrará mais algumas falas do empresário, que chegou a contratar seguranças particulares na busca de evitar ser vítima de um ataque do PCC. "Eu temo minha vida, mas eu temo que a verdade também, eu quero que a verdade venha à tona", afirmou ele.
"Você teme ser assassinado?", questionou Cabrini na época. "Por esses pseudo empresários já apontados para a polícia, sim", respondeu o homem.
Em material revelado pela Globo, Antônio Vinícius Lopes Gritzbach apareceu durante um encontro com promotores do MP-SP (Ministério Público de São Paulo). A data da reunião não foi revelada, mas, na época, ele chegou a dizer que precisava de mais segurança para que pudesse expor esquemas envolvendo a facção.
"Tenho comprovantes de pagamento, tenho contrato, tenho matrícula, tenho as contas de onde vinham o dinheiro, então dá para a gente fazer o caminho inverso. Tenho as conversas de Whatsapp com os proprietários. Eu apresento, doutor, mas cada vez mais eu preciso de mais segurança. Então, eu precisava de um amparo de vocês também do que eu vou ter. Se não, vocês estão falando com um morto-vivo aqui", disse ele.
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