Apresentador dedicado
Paulo Belote/TV Globo
O ator e apresentador Lázaro Ramos no cenário de seu novo programa, Os Melhores Anos das Nossas Vidas
FERNANDA LOPES, no Rio de Janeiro
Publicado em 4/10/2018 - 4h31
Lázaro Ramos já tem experiência como apresentador de TV, mas ainda assim tem sido bastante "nerd' e cauteloso com seu novo programa, Os Melhores Anos das Nossas Vidas. Para conduzir a atração, que estreia no próximo dia 11, ele tem estudado muito para estar 100% preparado e com todos os assuntos de cada episódio na ponta da língua. Até dormiu numa pousada ao lado da Globo para ter tempo de ler mais.
"De segunda (1º) pra terça (2) eu não voltei pra casa. Dormi numa pousada perto dos Estúdios Globo, porque queria me concentrar para a gravação. Fiquei até 1h da manhã estudando, acordei às 8h, estudei até 11h e voltei pra Globo. Tenho que tentar fazer o meu melhor como profissional, fazer bem feito. O título [de apresentador] não garante nada, o que garante é empenho e se preparar para os lugares que você ocupa", afirma.
"Minha maior preocupação hoje é essa, estar preparado. Esse programa tem um novo desafio pra mim. Além dessa condição da plateia, é ter responsabilidade com o conteúdo que a gente está levando, que é histórico. A gente está lá pra entreter, mas eu como condutor tenho que estar preparado pra isso", explica.
Em Os Melhores Anos das Nossas Vidas, Ramos atua como mediador entre os times, além de fazer interação com a plateia _algo inédito para ele, que até agora só tinha apresentado programas de entrevistas, como o Espelho, de papos intimistas no Canal Brasil, e o Lazinho Com Você, feito só com gravações externas.
A dinâmica do novo programa, com formato comprado da Endemol, funciona da seguinte forma: cinco décadas representam os times da atração (anos 1960, 1970, 1980, 1990 e 2000). Os times têm seus líderes, que são Marcos Veras, Marco Luque, Lucio Mauro Filho, Ingrid Guimarães e Rafa Brites, respectivamente.
A cada episódio, dois times irão competir, e os líderes vão apresentar curiosidades, hits e fatos de sua época para tentar conquistar e animar os jovens da plateia. Por exemplo, numa batalha entre os anos 1980 e 1990, cada líder apresenta músicas que foram sucesso em suas épocas, e o público vota em qual prefere. No último episódio, a década que tiver conquistado mais votos dos jovens será a vencedora.
Para Ramos, além de ter a possibilidade de experimentar uma nova maneira de se comunicar e brincar com seus colegas atores, o programa tem a vantagem de lhe colocar em contato com a juventude. Todos os integrantes da plateia são universitários entre 18 e 20 anos.
"Quando algum assunto não tem resposta fácil, a gente joga pra plateia, abre pra discurso. Eu fico feliz por isso. A gente está vivendo um tempo em que é tão difícil desenvolver os assuntos. Todo mundo fica só arrotando verdades e não se conecta", critica.
Além de Os Melhores Anos das Nossas Vidas, Lázaro Ramos em breve começará a trabalhar em uma nova temporada de Espelho e se arriscará como diretor musical ao conduzir a gravação de um show do cantor Péricles. Cada vez mais comunicador, ele não gosta de escolher entre apresentar e atuar e nem pensa em planos de carreira a longo prazo.
"[O novo programa] É um projeto que tem uma facilidade: são dois dias por semana de gravação, consigo fazer outras coisas, ver o que vou fazer daqui a pouco. O que me motiva é me identificar com o que eu vou fazer. Tenho a oportunidade de exercitar minha profissão em várias funções e acho que a tendência é essa. Hoje em dia não consigo escolher entre atuação e apresentação, o que me encanta é o assunto, a linguagem. Tô aceitando os convites e tentando estar preparado pra executá-los", conclui.
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