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FORA DA GRADE

Por que o SBT tirou Casos de Família do ar? Saiba os bastidores do fim do programa

REPRODUÇÃO/SBT

Christina Rocha com um vestido preto e emocionada no Casos de Família

Christina Rocha no Casos de Família: SBT tirou programa por falta de ibope; equipe será mantida

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 24/8/2022 - 6h40
Atualizado em 24/8/2022 - 12h57

O cancelamento do Casos de Família após 18 anos pelo SBT pegou o público de surpresa, mas nos bastidores a situação estava inviável. A falta de resultados de audiência do programa popular de Christina Rocha desde o ano passado pesou contra sua continuidade. Mesmo com a atração fora do ar, a TV de Silvio Santos não vai promover nenhuma demissão na equipe.

Segundo apurou o Notícias da TV, a decisão já era estudada pela direção artística do SBT nas últimas semanas. O dono da emissora foi informado e deu o aval. Mesmo que a ideia não tenha vindo diretamente de Silvio, ele é informado sobre qualquer mudança que ocorra na programação da rede, principalmente aos domingos --dia no qual só ele pode mexer.

A conclusão foi que o Casos de Família passou a ser um problema na disputa pela vice-liderança com a Record. Desde o segundo semestre de 2021, a situação se agravou, e o debate familiar chegou a perder em alguns momentos para o Boa Tarde São Paulo e o Melhor da Tarde, ambos exibidos pela Band. 

Nos últimos dois meses, a situação ficou mais crítica. As reprises das novelas Carrossel (2012) e Esmeralda (2004) elevaram a audiência do horário do almoço no SBT, que passava por uma crise severa. A trama protagonizada por Bianca Castanho chegou próximo da marca dos 6 pontos de pico nos últimos dias, algo que o SBT não via em São Paulo há tempos.

Assim que o Casos de Família entrava no ar, essa audiência caia para menos de 3 pontos. Além do desempenho ruim na capital paulista, o programa chegava a marcar somente 1 ponto em algumas capitais do Brasil, como Brasília, Belém e Rio de Janeiro.

Sem resultados, o SBT optou pela suspensão do programa. Caso ele retorne em 2023, será em um formato e estúdios totalmente diferentes. Isso só será definido após a emissora observar como a audiência reage a partir de 8 de setembro, quando a nova grade entrar no ar.

Outro ponto importante que pesou contra o Casos de Família foi o faturamento. O programa popular, até pelo seu conteúdo considerado apelativo, não tinha anunciantes de peso e seu faturamento era quase nenhum. 

No SBT de hoje, mais do que audiência, o faturamento é algo considerado primordial para uma atração se manter no ar. O Fofocalizando, o outro programa de entretenimento das tardes da emissora, tem fila de anunciantes e está lotado de ações de merchandising. 

Como a equipe da atração de Christina Rocha não é muito grande e tem boa parte composta por estagiários, ninguém será demitido. Ao Notícias da TV, a emissora confirmou que vai realocar os profissionais em outras produções.

Para ocupar o espaço do Casos de Família, o SBT vai esticar o tempo no ar das novelas já escaladas para o horário da tarde. Maria Esperança (2007), que entra no lugar de Esmeralda em setembro, será exibida para todo o Brasil e vai concorrer diretamente com O Cravo e a Rosa (2000), um sucesso na Globo.

A história do Casos de Família

Baseado em um formato venezuelano homônimo, o programa foi lançado no Brasil em 2004 e apresenta histórias de conflitos familiares, como violência doméstica, preconceito, entre outros. Ao final dos relatos, os participantes são aconselhados pela psicóloga Anahy D'Amico.

Entre 2004 a 2009, o Casos de Família foi comandado por Regina Volpato, atual apresentadora do Mulheres, da Gazeta. Após a saída da jornalista, a atração adotou uma linguagem mais popular e passou a ter Christina Rocha à frente.


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