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Parto na selva e sexo ao vivo: os reality shows mais bizarros da história da TV

Divulgação/Fox

Consegue adivinhar quem é o cantor por trás da máscara de pavão? Esse é o desafio do Masked Singer - Divulgação/Fox

Consegue adivinhar quem é o cantor por trás da máscara de pavão? Esse é o desafio do Masked Singer

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 2/1/2019 - 5h29

Se você acha que os reality shows exibidos na TV brasileira desafiam os limites do bom senso, é porque não acompanha a programação de canais gringos. No exterior, há programas de todos os tipos, desde aqueles que mostram mulheres que topam dar à luz no meio da selva, sem nenhum conforto, a uma atração em que casais fazem sexo ao vivo e depois têm a performance avaliada por experts no assunto.

A lista de bizarrices ganha um novo reality nesta quarta-feira (2), quando a Fox norte-americana estreia The Masked Singer. É uma competição de canto um pouco diferente: 12 participantes se apresentam, mas todos têm os rostos escondidos por máscaras extravagantes, que simulam pavão, unicórnio, leão e até um abacaxi.

As identidades dos cantores são um mistério, e quem precisa descobrir os nomes por trás das máscaras são os quatro jurados. A bancada é formada pelo comediante Ken Jeong (de Se Beber Não Case), a atriz Jenny McCarthy (de Todo Mundo em Pânico 3), e os cantores Nicole Scherzinger (ex-Pussycat Dolls) e Robin Thicke.

Segundo a Fox, os mascarados são pessoas conhecidas do público, mas nem todos são necessariamente cantores. Há jogadores de futebol americano que ganharam o Super Bowl, além de atores de musicais da Broadway. Seus rostos só serão revelados quando eles forem eliminados da competição.

O formato inusitado surgiu na Coreia do Sul em 2015 e virou um fenômeno no país, com mais de 180 episódios já exibidos. Antes dos Estados Unidos, o programa também foi adaptado para a China, a Indonésia e a Tailândia.

Confira outros cinco reality shows bizarros que a TV já exibiu:

REPRODUÇÃO/CHANNEL 4

Casal tem sua performance sexual avaliada por especialistas no reality britânico Sex Box

Sex Box
A TV britânica é bem liberal e chega a exibir até nudez frontal no horário nobre. Sexo explícito, no entanto, ainda é tabu por lá. Mas o Channel 4 chegou bem perto disso ao lançar em 2013 o reality Sex Box (algo como Caixa do Sexo). A cada edição do programa, um casal diferente entrava em uma grande caixa montada no palco da atração e tinha uma relação sexual ao vivo.

As cenas não eram mostradas para o público, mas os dois apresentadores, experts em relacionamento, viam tudo por meio de câmeras e iam comentando a performance. Depois do sexo, os participantes vestiam roupões e se juntavam aos especialistas para discutir o relacionamento e os atos na cama. O canal pago WE tentou adaptar o formato para os Estados Unidos, mas exibiu só cinco episódios.

DIVULGAÇÃO/LIFETIME

Mulher dá à luz em barraca montada no meio da floresta: parto no hospital é para os fracos

Born in the Wild
O parto é uma experiência única para cada mamãe, mas o canal norte-americano Lifetime decidiu levar a afirmação às últimas consequências ao lançar, em 2015, o reality Born in the Wild (Nascido em Lugar Selvagem, em tradução livre). A ideia é mostrar grávidas que abrem mão de todo o conforto dos hospitais e decidem ter seus bebês na selva. Nada de anestesia, médicos, água ou eletricidade.

O programa gerou controvérsia entre a comunidade médica dos Estados Unidos, pois é impossível manter um ambiente higienizado e saudável no meio do mato. O Lifetime afirmou que tomou todas as precauções para que os partos ocorressem de forma segura. Ainda assim, os médicos declararam ter medo de que ver o reality fizesse com que parte do público quisesse repetir a experiência por conta própria.

DIVULGAÇÃO/DISCOVERY LIFE

A atriz Lisa Arch (de pé) comanda um game show em plena sala de parto no reality dos EUA

Labor Games
Para as grávidas que não dispensam o hospital na hora de dar à luz, o reality Labor Games (Jogos do Parto) é uma opção bem mais em conta do que o Born in the Wild. Mas nem por isso menos estressante. O game show, exibido em 2015 pelo canal TLC norte-americano e que atualmente está na grade do Discovery Life, mostra casais testando seu conhecimento entre uma contração e outra.

As perguntas são relacionadas à maternidade, à gravidez e à vida familiar, para que os pais mostrem se estão preparados para o bebê que está por vir. O prêmio pode chegar a US$ 10 mil, mas não vai para os participantes: o valor é depositado em uma poupança que será usada para pagar o ensino da criança no futuro.

DIVULGAÇÃO/FOX

Monica Lewinsky (à dir.) ajudou Hayley Arp a encontrar um namorado sem ver os seus rostos

Mr. Personality
Um programa de namoro em que a participante precisa escolher seu par sem poder ver seu rosto não é novidade: Silvio Santos já fazia isso no Xaveco (1997), do SBT, e Fernanda Lima no Fica Comigo (2000-2003), da MTV. Mas o Mr. Personality (Senhor Personalidade), da Fox norte-americana, disparou na escala de bizarrice por causa de sua apresentadora: a atração era comandada por Monica Lewinsky, ex-estagiária da Casa Branca que teve relações sexuais com o então presidente Bill Clinton.

Na primeira (e única) temporada da atração, Monica ajudou a solteira Hayley Arp a encontrar o amor de sua vida. Para isso, ela tinha 20 homens à sua disposição. O problema é que a moça não podia ver as feições de seus pretendentes, precisava julgá-los e eliminá-los apenas pela personalidade --daí o nome do reality. A escolha de Monica gerou curiosidade: afinal, o que ela sabia sobre achar um grande amor?

DIVULGAÇÃO/FOX

Sósia do príncipe Harry, Matthew Hicks tentava conquistar o coração de 12 mulheres na TV

I Wanna Marry "Harry"
Muito antes de conhecer a atriz Meghan Markle, o príncipe Harry buscava uma noiva na televisão. Ou quase isso: em 2014, a Fox (sempre ela) lançou o reality I Wanna Marry "Harry" (Eu Quero Casar com "Harry"), que mostrava 12 mulheres competindo pelo coração de um ruivo que elas pensavam ser o neto da rainha Elizabeth.

Na verdade, o "príncipe" era Matthew Hicks, escolhido entre mais de uma centena de sósias. A proposta polêmica, de fazer com que uma mulher se casasse enganada, gerou controvérsia nos Estados Unidos. A baixa audiência também não colaborou e o programa saiu do ar após apenas quatro episódios, sem revelar com qual "sortuda" o monarca fake ficaria --e como ela lidaria com o fato de tudo ser uma farsa.

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