Para reverter crise, Jovem Pan faz 'pacotão' de mudanças e fecha com ex-CNN

A Jovem Pan promoveu uma série de mudanças nesta quinta (9) para se afastar da imagem de porta-voz da extrema-direita e do governo Jair Bolsonaro (2019-2022). Entre os reforços anunciados pelo canal de notícias, estão Marcelo Favalli, Luiz Felipe d'Ávila e Evandro Cini --o qual deixou a CNN Brasil em janeiro.

A informação foi confirmada pelo Notícias da TV. A coluna apurou que Cini apresentará um jornal em horário nobre, substituindo Claudia Barthel e Kallyna Sabino. Elas foram demitidas nos últimos dias no processo de reformulação promovido pela empresa.

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Outros departamentos também passaram por reformulações, como a área de relação publicitária e o comando do jornalismo. O diretor Alexandre Barsoti, ex-Band, assume como novo diretor comercial.  André Ramos, outro ex-CNN Brasil, chega para assumir a diretoria de Jornalismo.

Favalli e D'Ávilla foram chamados para aumentar a qualidade dos debates no Três em Um e Nos Pingos nos Is. Favalli tem 25 anos de carreira e ficou conhecido pela cobertura do noticiário internacional. Já D'Ávila foi diretor da editora Abril, comandando a revista Veja.

Alexandre Barsotti, por sua vez, é o novo diretor comercial da Jovem Pan. O executivo deixa a Band, onde era diretor comercial de todos os canais de TV paga do grupo, depois de mais 7 anos e meio. Ele já atuou na Editora Globo e Editora 3.

Dois programas estreiam nos próximos dias. O Direto ao Ponto, que já foi apresentado por Augusto Nunes, volta com Adalberto Piotto. A atração será sempre às segundas-feiras e contará com uma bancada de jornalistas convidados. O primeiro entrevistado será Gilberto Kassab. 

O Tá na Roda contará com apresentação de Thiago Asmar e terá um formato de revista eletrônica de entretenimento e variedades. O jornalista e uma bancada rotativa de quatro convidados irão debater diversos assuntos. O objetivo é produzir um programa leve para as tardes de domingo.

As mudanças na Jovem Pan chegam para reverter a crise que vive e deixar de ser uma TV considerada radical. Houve uma campanha de desmonetização dos canais nas redes sociais, o que fez a emissora perder muito dinheiro com publicidade. 

Algumas contratações ainda podem chegar. Elaine Bast, que ficou na Globo por mais de 20 anos e foi correspondente internacional da emissora nos Estados Unidos, gravou três testes no início do mês. A contratação dela é um grande desejo interno.