NO FANTÁSTICO
Reprodução/TV Globo
Padre Fábio de Melo relembrou ao Fantástico atos de sua mãe na última conversa que tiveram
Menos de duas horas depois de aparecer no Domingão do Faustão, padre Fábio de Melo apareceu no Fantástico para falar sobre a mãe, Ana Maria Melo, que morreu aos 83 anos em 27 de março em decorrência da Covid-19. O religioso admitiu que precisou contar uma mentira para a matriarca doente na última conversa que tiveram.
"Eu contei uma mentira para ela, naquela hora. Eu disse pra ela assim: 'Mãe, a senhora vai dormir agora um pouquinho, que a senhora está muito cansada, e quando a senhora acordar, eu prometo pra senhora que vai estar tudo bem. Não vai ter mais falta de ar, a senhora vai estar pronta para ir para casa'", lembrou ele em conversa com Poliana Abritta.
"Eu sabia que ela sabia que eu mentia naquela hora, mas ela foi tão generosa comigo, que ela quis se despedir de mim da forma como ela sempre fez, me amando tão generosamente, tentando me proteger de tudo que pudesse me fazer sofrer", se emocionou o padre.
Ele ressaltou que dona Ana Maria também "entrou" na mentira para animar o filho. "Ela falou assim: 'Ah, meu filho, é isso mesmo. Tô doida pra dormir um pouquinho'. Ela sabia que ali nós estávamos fazendo nossa despedida final. A última chamada de vídeo dela pra mim, ela brincou, dançou, fez coraçãozinho [com a mão] para mim, disse que me amava, que eu morava no coração dela."
O artista e religioso ainda carrega com emoção as palavras da mãe na chamada de vídeo derradeira que tiveram. "Ela me disse assim: 'Eu amo muito você, meu filho, você mora no meu coração, e nada vai mudar isso'. 'Nem a morte', eu pensei depois que ela se foi. Fiquei voltando àquelas palavras dela, e ela tinha razão."
Como havia falado a Fausto Silva antes, Fábio de Melo ressaltou que a pior parte da morte foi não poder ter proporcionado um velório e um enterro apropriado para a mãe, que sempre havia pedido aos filhos que a colocassem na roupa mais bonita para a despedida.
Ele também afirmou que as mortes atuais são mais doloridas porque já existe uma vacina, e que a situação poderia ter sido diferente caso sua mãe --e outras milhares de pessoas-- tivessem recebido o imunizante antes.
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