Primeira reprise
Divulgação/TV Globo
Os atores Selton Mello e Matheus Nachtergaele interpretam os protagonistas de O Auto da Compadecida
FERNANDA LOPES
Publicado em 7/1/2020 - 4h51
Minissérie mais assistida da história da Globo, O Auto da Compadecida está de volta a partir desta terça (7), 20 anos depois de sua estreia. A produção, dirigida por Guel Arraes, promete dar ao público uma nova perspectiva da história. Serão exibidas cenas que acrescentam uma hora à atração, e toda a minissérie recebeu um tratamento primoroso de imagem.
Baseada na obra original de Ariano Suassuna, O Auto da Compadecida foi gravada em 1999, no interior da Paraíba. O próprio diretor admite que os efeitos especiais e a tecnologia utilizados na época eram um tanto "caídos".
Agora, para a reexibição especial, todo o material passou por um processo de remasterização, que deixou as imagens com uma definição muito superior.
"A gente ganhou um brilho na imagem. E os efeitos especiais foram refeitos. Sobretudo os efeitos do Céu, que eram mais precários", explica Arraes.
O último dos quatro episódios da minissérie se passa entre o Céu e o Inferno, e os planos de fundo dessas cenas ganharam detalhes lúdicos: em alguns takes, animações de anjos passam por trás de personagens como Jesus Cristo (Maurício Gonçalves) e Nossa Senhora (Fernanda Montenegro), por exemplo.
Após o sucesso de sua primeira exibição na TV, em 1999, O Auto da Compadecida foi condensada em filme em 2000, e o longa foi reprisado várias vezes na emissora.
Mas quem só conheceu a obra neste formato reduzido agora terá a oportunidade de ver cenas e tramas "extras" das confusões de Chicó (Selton Mello), João Grilo (Matheus Nachtergaele) e seus vizinhos do Sertão. "A minissérie tem uma hora de material inédito que não está no filme. O longa tem 1h40, e a minissérie tem 2h40 no total", detalha o diretor.
O próprio Selton Mello está ansioso pra rever a minisérie, porque confessa que não se lembra do que se passa nessa uma hora a mais. Ele acredita que a reexibição na Globo e a disponibilização de O Auto da Compadecida no Globoplay podem criar novos fãs para a obra.
"O que eu acho muito bonito é que a gente vai inaugurar uma nova geração de fanáticos por O Auto da Compadecida. O Auto faz bem. Acho que vai vir num bom momento", comenta Mello.
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