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PARTIDO ALTO

Novela caótica que traumatizou Gloria Perez é resgatada pela Globo; entenda

NELSON DI RAGO/TV GLOBO

Elizabeth Savala usa os cabelos curtos e uma franja; ela tem o semblante sério em foto de divulgação de Partido Alto

Elizabeth Savala como Isadora em Partido Alto (1984); novela entrará no catálogo do Globoplay

SABRINA CASTRO

sabrina@noticiasdatv.com

Publicado em 21/3/2023 - 11h11

Única parceria de Gloria Perez com outro autor, Partido Alto (1984) entrará no catálogo do Globoplay em abril. A trama teve bastidores caóticos: Aguinaldo Silva, que dividia os roteiros com Gloria, abandonou o projeto pela metade. A autora continuou a escrever a história sozinha até o último capítulo --e nunca mais colaborou com outros escritores ou aceitou ter assistentes.

O "trauma", no entanto, não atingiu Aguinaldo Silva. Na sequência, ele foi colaborador de novelas com outros autores renomados. Exemplos são Roque Santeiro (1986), escrita com Dias Gomes (1922-1999), e Vale Tudo (1988), em parceria com Gilberto Braga (1945-2021).

Quando virou autor titular, Silva também teve colaboradores. Ana Maria Moretzon foi uma das mais recorrentes. Com ela, escreveu a minissérie Riacho Doce (1990) e as novelas Tieta (1989) e Pedra sobre Pedra (1992).

Partido Alto pretendia retratar dois mundos opostos. De um lado, a riquíssima família Amoedo, formada por Isadora (Elizabeth Savala), seu pai, Arnaldo (Rubeus Corrêa), e seu ex-marido, Sérgio (Herson Capri), um executivo mau-caráter.

A mocinha acaba se apaixonando por Maurício (Claudio Marzo), um pobre professor de história que angariou também a paixão de Celina (Gloria Pires). A jovem luta para se livrar do universo de contravenção do pai, o bicheiro Célio Cruz --interpretado por Raul Cortez (1932-2006). 

No decorrer dos 174 capítulos, a dupla de autores se desfez. Aguinaldo Silva acabou se envolvendo na minissérie Tenda dos Milagres (1984), ao lado de Regina Braga, enquanto Gloria continuou na trama das 20h. Ela ainda enfrentou outro problema com a novela, especialmente no final: a Censura.

Escrita no fim da Ditadura Militar (1964-1985), Partido Alto teve seu último capítulo alterado às pressas. Pela sinopse original, o bicheiro Célio Cruz e seu cúmplice, Reginaldo (Milton Gonçalves), fugiriam para a Suíça, mas a Censura achou inadequado que a novela mostrasse um criminoso saindo impune do país. As informações são do Memória Globo.

No texto reescrito pela autora, Célio insinua que a história não está encerrada. Ele pisca os olhos para o policial que o prende e sugere uma possibilidade de suborno: "Ainda é possível dialogar?", pergunta o criminoso. Em seguida, ele pisca para a câmera.

Além de Partido Alto, a temporada de Malhação de 1997, cuja reapresentação no Viva chegou ao fim em janeiro, também entrará no catálogo do Globoplay no decorrer de abril.



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