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Miriam Leitão no Bom Dia Brasil desta terça-feira (21); jornalista criticou presidente Bolsonaro
Miriam Leitão detonou as atitudes de Jair Bolsonaro durante o Bom Dia Brasil desta terça-feira (21), dia em que o presidente fará o discurso de abertura da 76ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). "A viagem a Nova York já deu suficiente motivo pra gente ter vergonha", disparou a jornalista da Globo.
Ao conversar com a colega no jornal, Ana Paula Araújo perguntou o que se pode esperar do discurso do Bolsonaro. "Não muito. Que ele não seja tão ruim quanto o primeiro discurso. O segundo já foi um pouquinho mais suave", começou a comentarista.
"Mas a viagem a Nova York já deu suficiente motivo pra gente ter vergonha. O país foi colocado na calçada. O presidente não pode entrar num restaurante, isso já é um resultado muito ruim", afirmou Miriam, em referência aos registros de Bolsonaro comendo pizza na calçada de um estabelecimento.
O presidente chegou em Nova York no domingo (19). Ele está acompanhado de uma comitiva presidencial, que inclui a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e ministros. Entre os 19 líderes do chamado G20, grupo composto pelas 19 principais economias mais a União Europeia, Bolsonaro foi o único que declarou que não tomou nem irá aceitar receber a vacina contra a Covid-19.
A jornalista ressaltou a importância da assembleia: "No discurso, o Brasil sempre teve essa vitrine. É o primeiro discurso na ONU, isso é tradicional desde Oswaldo Aranha [1894-1960]. É importante que o Brasil fez parte da construção, daquele grupo que fundou a ONU, e por isso ele tem esse privilégio".
"Esse privilégio sempre foi usado pelos governantes como um momento de falar pro mundo a nossa diplomacia da moderação. Mas o presidente Bolsonaro, desde o primeiro discurso... Horroroso o primeiro discurso que ele fez... O segundo já foi um pouquinho melhor. E esse não tem grandes expectativas. O pior, na verdade, é a oportunidade perdida", alegou a apresentadora.
O Brasil perde a chance de nessa vitrine passar o recado tradicional da sua diplomacia. E, principalmente, nesse momento, que a voz do Brasil poderia ser muito mais ouvida. Época de mudança climática, nós somos uma potência ambiental.
"Esse era o momento de falar direito, mas o governo Bolsonaro escolheu a irrelevância. É isso que ele escolheu nos colocar", lamentou a jornalista. "Não vai ser pra sempre, a gente pode voltar a ter influência no mundo", desejou Miriam.
O pronunciamento do presidente terá transmissão ao vivo de canais como GloboNews, CNN Brasil e também da TV Brasil. Uma opção para assistir online é o canal do UOL no YouTube. O discurso está previsto para começar as 10h (horário de Brasília) e deve durar cerca de 20 minutos.
Em entrevista à CNN, o presidente do Brasil disse que "meio ambiente, turismo, agronegócio, além de ações do governo brasileiro no combate à pandemia" serão temas que ele abordará em seu terceiro discurso na ONU.
O encontro entre diferentes países terá o formato híbrido, com parte das autoridades presencial e outra com participação de forma remota.
A fala inicial do Brasil na ONU cumpre uma tradição que começou em 1947. A 76ª sessão marca a retomada da reunião em Nova York. No ano passado, por causa da Covid-19, os líderes enviaram declarações gravadas.
O tema da Assembleia Geral da ONU em 2021 é "Construindo resiliência por meio da esperança - para se recuperar de Covid-19, reconstruir a sustentabilidade, responder às necessidades do planeta, respeitar os direitos das pessoas e revitalizar as Nações Unidas". O evento vai até a quarta (22).
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