CIRURGIÃO DE BOTCHED
REPRODUÇÃO/E!
Paul Nassif é cirurgião plástico de Botched, do canal E!; pandemia aumentou procura por procedimentos no rosto
Astro do reality show Botched, do canal pago E!, o médico Paul Nassif tem encarado uma consequência da pandemia em seu consultório. O cirurgião aponta que o uso de máscaras como proteção contra a Covid-19 aumentou a procura por plásticas nos olhos, pois eles ficaram mais em evidência.
"Agora que todo mundo está saindo, estão cuidando mais da pele. As pessoas querem fazer procedimentos nos olhos e pescoço porque ficaram em casa durante um ano e se viram muito no Zoom [programa de videoconferência]. Os olhos são os novos lábios, porque estamos usando máscaras", explica ele ao Notícias da TV.
Segundo o cirurgião, que estreia a sétima temporada de Botched nesta segunda (5), as reuniões em vídeo por causa do home office no confinamento e as selfies nas redes sociais propagaram a busca pelo rosto perfeito.
"Creio que a dismorfia das selfies foi identificada. Fazendo mais Zoom, os problemas com seus olhos, nariz e pescoço tornam-se maiores. Porque você se vê na tela mais tempo. Há também as modelos postando fotos no Instagram de seus seios, bumbum e cintura. O que acontece com isso é que as pessoas passam a se criticar mais e se filtram [se modificam] cada vez mais nas redes sociais", analisa.
"Então, as pessoas começam a pensar em fazer algo a respeito. Chamamos de dismorfia das selfies quando você tira uma foto sua, vê coisas [de que não gosta] e fala: 'Meu Deus, não aguento isso'. E, então, quer fazer algo cirurgicamente a respeito", completa.
Com 21 anos na Medicina e considerado um dos cirurgiões mais conceituados dos Estados Unidos, Nassif conquistou o público ao corrigir plásticas que deram errado no reality Botched. O programa teve início em 2014, virou um sucesso de audiência com casos cada vez mais bizarros e, desde então, tem emplacado uma temporada atrás da outra.
Por causa da pandemia, o veterano viu sua rotina no consultório e no hospital mudar. Passou a ficar mais tempo em casa. Ele admite que o mercado das cirurgias plásticas foi afetado, mas o período de confinamento teve um ponto positivo em sua vida pessoal.
"Todo mundo perdeu negócios. Mas, claro, a coisa positiva disso é que ficamos mais em casa com a família, sentindo o cheiro do café e das rosas (risos). Eu, por exemplo, pude ficar com minha bebê", conta.
Em outubro último, o médico de 59 anos virou pai de uma menina, Paulina Anne Nassif, fruto de seu casamento com Brittany Nassif. É a primeira filha do cirurgião, que tem outros três filhos --Gavin, 18, e os gêmeos Colin e Christian, de 15 anos-- de seu relacionamento anterior.
"Ser pai de novo e mais velho me fez ficar mais saudável e perder peso para me sentir e estar melhor. Quero ter uma vida longa desde que tive essa bebê. No minuto que ela me olhou, eu me derreti. Além disso, ela é uma versão miniatura do que fui quando eu era bebê (risos)", diverte-se.
divulgação/E!
Paul Nassif e Terry Dubrow em Botched
No entanto, a rotina em família mudou por causa das gravações do reality show em plena pandemia. "Por causa dos protocolos da Califórnia, tivemos que fazer de tudo para ficarmos seguros. Foi difícil gravar, mas nós o fizemos. Agora, as coisas estão melhorando desde que a vacinação começou", conta.
A sétima temporada de Botched estreou em maio nos Estados Unidos. No Brasil, os episódios inéditos começam a ser exibidos nesta semana. No novo ano, os médicos Terry Dubrow e Nassif levam para o público situações mais desastrosas e problemas de saúde desconcertantes. No entanto, há espaço também para a comoção.
"Há mais histórias comoventes, mais casos que envolvem outras partes do corpo, e não somente em seios ou nariz. Há casos de pessoas que nasceram com problemas ou lidam com traumas, como câncer de pele", adianta o especialista.
Após anos levando para a televisão pacientes com pedidos de cair o queixo ou histórias de partir o coração, Nassif analisa que é sortudo por poder ter transformado seu ofício em um programa para propagar conhecimento.
"Nós pudemos ajudar tantas pessoas fisicamente, fazendo cirurgias nelas. E também pudemos evitar que algumas delas fizessem coisas extremas, as salvamos de complicações. Pudemos educar todos que conferem o programa a, talvez, não fazer certas coisas por causa do perigo", considera.
"Tive a oportunidade de ajudar pessoas e mudar a vida delas. Esse é o presente mais incrível que Botched me deu", finaliza. A sétima temporada de Botched estreia nesta segunda-feira (5), às 22, no canal pago E!.
Veja vídeos da sétima temporada de Botched:
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