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CADA UM NA SUA

Magoado desde 7 a 1, Felipão recusa perdão e se nega a fazer as pazes com Galvão

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Galvão Bueno no SporTV; Felipão em entrevista sobre o Athletico Paranaense

Galvão Bueno e Felipão: técnico se recusa a resolver mágoa e nega convite para documentário

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 11/10/2022 - 6h30

Luiz Felipe Scolari se recusou a fazer as pazes com Galvão Bueno e negou um pedido de gravação para o documentário sobre a vida do principal locutor esportivo do país, que será lançado em fevereiro de 2023 pelo Globoplay. O objetivo era tentar resolver o problema dos dois, que não se falam desde o 7 a 1 que a Seleção Brasileira sofreu da Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014.

O documentário de Galvão promete abordar todos os assuntos relevantes da vida do narrador, e isso incluirá as polêmicas nas quais se envolveu. Além de Felipão, o comentarista da ESPN e ex-jogador Zinho --outro desafeto do locutor-- também foi convidado. No caso do tetracampeão, a resposta foi positiva, e só falta acertar a data do encontro.

Segundo apurou o Notícias da TV, a ideia da produção do documentário era fazer com que técnico e narrador relembrassem o penta e que Galvão pedisse desculpa por algum excesso que tenha cometido em críticas feitas durante transmissões na Copa de 2014, principalmente em um editorial no Jornal Nacional dias após a partida. 

"O apagão dos seis minutos não pode justificar a campanha brasileira. Não foi a causa de uma derrota. Foi a consequência de um trabalho que não deu certo", afirmou Galvão naquele dia, sem citar nominalmente Felipão, mas criticando-o indiretamente. Desde então, o técnico se recusa a falar com o narrador. 

Em 2018, por exemplo, Galvão Bueno tentou convidar Felipão para participar do Bem, Amigos!, seu programa no SporTV, para celebrar o título do Palmeiras no Brasileirão daquele ano. O técnico também recusou. Antes da Copa da Rússia, em entrevista para André Henning no Esporte Interativo, ele explicou a sua mágoa com Galvão.

"Teve um colega teu, de TV, que passou dez minutos depois do jogo apontando pra mim. Hoje eu não falo para esse senhor, no caso, o Galvão Bueno. Enquanto ele achar que é o todo-poderoso, um Deus, e que pode fazer aquilo que fez comigo, me jogando contra a torcida, eu fico aqui. Cada um na sua. Eu não devo nada, cada um faz o seu trabalho e segue sua vida", disse o treinador. 

O bloqueio de Felipão também se estendeu à Globo. Mas em 2021 ele passou a falar com outros profissionais da emissora. Ele concedeu entrevista para o programa O Grande Círculo, comandado por Milton Leite no SporTV, em maio do ano passado. A entrevista foi bastante celebrada internamente.

Dessa vez para um documentário pessoal, a equipe da Globo e de Galvão explicaram a situação, mas mesmo assim, Felipão se negou. Procurado pelo Notícias da TV através de sua assessoria, o atual técnico do Athletico Paranaense confirmou a negativa.

"A produção nos explicou que no documentário ele quer fazer as pazes pedindo desculpas a alguns atletas que ele 'prejudicou' com seus comentários pessoais. Não aceitamos. Cada um segue o seu caminho", afirmou a assessoria do ídolo do Palmeiras. 

Carreira de Galvão Bueno na Globo

Galvão Bueno começou a trabalhar na Globo em 1981, após fazer sucesso como a voz da Fórmula 1 na Band em 1980. Seu primeiro trabalho na emissora foi a narração do jogo entre Jorge Wiltersmann (BOL) e Flamengo pela Libertadores daquele ano. Cobriu as Copas do Mundo de 1982 e 1986 como segundo narrador. Também fez os Jogos Olímpicos de 1984.

Assumiu a titularidade de narração na emissora em 1987 e comandou a equipe na Copa de 1990. Em 1992, houve uma saída de dez meses para a extinta Rede OM (1982-1993), após ser convidado para ser diretor de Esportes. Naquele ano, foi o responsável por mudar a Libertadores de patamar na TV brasileira, com a exibição do primeiro título continental do São Paulo. 

Após divergências com a Rede OM, retornou à Globo no início de 1993. Fez as Copas de 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018. Foi a voz do tetra e do pentacampeonato da Seleção Brasileira. Esteve também nas Olimpíadas de 1996, 2000, 2004, 2008, 2016 e 2021.


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