Galvão Bueno revela promessa à mãe de Ayrton Senna após acidente; saiba qual

Galvão Bueno revelou uma promessa feita à mãe de Ayrton Senna (1960-1994) diante da tragédia no Grande Prêmio de San Marino. O apresentador assegurou a Neide Senna que o filho dela não voltaria ao Brasil dentro do bagageiro de um avião. Ele conseguiu na época trazer o corpo do piloto de Fórmula 1 na primeira classe. "Era uma emoção e comoção", relembrou.

O jornalista compartilhou suas memórias sobre a morte do atleta no podcast PodFalar, Galvão na noite de quarta (8):

Dona Neide tinha me dito: 'eu não quero que meu filho volte como uma bagagem'. E eu prometi a ela que isso não iria acontecer. Nós saímos de Bologna para Paris em um avião da Força Aérea italiana, e o comandante disse: 'nossos heróis de guerra voltam assim'. Então não tinha como.

Diante do impasse, Galvão tentou um acordo com a extinta Varig. "Eu e Reginaldo Leme [comentarista esportivo] pedimos ajuda para o cônsul brasileiro na França. Ele disse que não podia", lamentou.

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Ele então deu a ideia de pedir para as pessoas que estavam na primeira classe abrirem mão de suas passagens como uma homenagem póstuma a Senna. "O caixão foi colocado ali com o corpo dele. Eu vi pessoas se arrastando no avião, passando por baixo das cortinas. Elas só queriam rezar [pelo atleta]", contou.

"Quando nós chegamos ao aeroporto de Guarulhos, vieram os caças da Força Aérea brasileira escoltando. E, quando nós descemos, uma coisa jamais vista: o carro do Corpo de Bombeiros e o povo nas ruas. Era uma emoção e uma comoção. O Brasil inteiro ali", acrescentou.

Galvão ainda precisou buscar forças para entrar no Jornal Nacional para falar sobre a morte do amigo. "Eu disse até que não ia parar de narrar a Fórmula 1. E, naquele momento, eu não tinha a menor certeza", arrematou ele, com a voz embargada.

REPRODUÇÃO/SBT

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Morte de Ayrton Senna

Ayrton Senna foi campeão da Fórmula 1 por três vezes, em 1988, 1990 e 1991. Ele foi um dos principais nomes da McLaren, em que viveu uma das maiores rivalidades no esporte ao lado do francês Alain Prost. O piloto se transferiu para a Williams em 1994, disputando apenas três grandes prêmios na temporada –entre eles, a fatídica corrida em San Marino.

O atleta perdeu o controle do carro em uma curva, devido a uma barra de direção quebrada, e chocou-se violentamente contra um muro. Ele foi levado de helicóptero para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

A etapa foi uma das mais caóticas da Fórmula 1, marcada também pela morte de Roland Ratzenberger (1962-1994) durante os treinos classificatórios. Rubens Barrichello, que se tornaria um dos destaques da modalidade posteriormente, também sofreu um acidente.

Veja um trecho do podcast de Galvão Bueno sobre Ayrton Senna:

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