28 ANOS DEPOIS
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Galvão Bueno e Zinho: Globo tenta armar reencontro para acabar com mágoa da Copa de 1994
A Globo e a equipe de Galvão Bueno estão armando um encontro entre o locutor e o ex-jogador e comentarista da ESPN Zinho, tetracampeão com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994. A ideia é fazer uma reconciliação pessoal entre ambos por conta de uma mágoa do ídolo de Flamengo e Palmeiras por críticas ofensivas feitas pelo narrador durante a final do Mundial dos Estados Unidos contra a Itália.
O material captado da possível conversa vai fazer parte do documentário sobre a vida do locutor, que irá ao ar em fevereiro de 2023 no Globoplay. As gravações já começaram com entrevistas de nomes importantes para a vida profissional e pessoal de Galvão Bueno. Serão cinco episódios produzidos.
Segundo apurou o Notícias da TV, Zinho já aceitou conversar com Galvão Bueno e a equipe da Globo. No entanto, existe uma divergência de datas na agenda de ambas as partes. Galvão está às voltas com a preparação para o Mundial do Catar e trabalhos de publicidade. Já Zinho comenta a final da Libertadores entre Flamengo e Athletico Paranaense na ESPN.
Caso não seja possível o encontro pessoalmente, existe uma ideia de fazer isso de alguma outra forma. Além de Zinho, devem participar com depoimentos do documentário de Galvão Bueno nomes como Ronaldo Fenômeno, Kaká, Felipe Massa, Rubens Barrichello, Tino Marcos, Mário Jorge Guimarães e Walter Casagrande.
O reencontro de Galvão e Zinho é importante por causa de 1994. Na Copa daquele ano, Galvão Bueno foi a voz do tetra, mas fez uma enxurrada de críticas para alguns jogadores da Seleção, principalmente Zinho --que era chamado de "jogadorzinho" e "enceradeira" por grande parte da imprensa esportiva.
Na reprise de Brasil x Itália durante o auge da pandemia de Covid-19, em abril de 2020, Galvão Bueno pediu desculpas para Zinho pelas críticas exageradas a ele a ao lateral-direito Cafu. O narrador diz ter ficado constrangido ao ver as reprises e notar que chegou a desrespeitar os dois.
"Eu cheguei a pedir desculpas ao Cafu por alguns comentários feitos na decisão do tetracampeonato. Queria aproveitar aqui para pedir desculpas ao Zinho também, porque acho que, em alguns momentos, peguei pesado com alguns atletas. Mas sem nenhum sentimento de diminuir a capacidade deles", afirmou ele ao Esporte Espetacular na época.
Zinho não se pronunciou diretamente, mas disse que viu as reprises com o volume de televisão baixo para não ficar triste com as críticas em entrevista para o UOL. "Aquilo me abalou bastante", comentou ele.
Galvão Bueno começou a trabalhar na Globo em 1981, após fazer sucesso como a voz da Fórmula 1 na Band em 1980. Seu primeiro trabalho na emissora foi a narração do jogo entre Jorge Wiltersmann (BOL) e Flamengo pela Libertadores daquele ano. Narrou as Copas do Mundo de 1982 e 1986 como segundo narrador. Também fez os Jogos Olímpicos de 1984.
Assumiu a titularidade de narração na emissora em 1987 e comandou a equipe na Copa de 1990. Em 1992, houve uma saída de dez meses para a extinta Rede OM (1982-1993), após ser convidado para ser diretor de Esportes. Naquele ano, foi o responsável por mudar a Libertadores de patamar na TV brasileira, com a exibição do primeiro título continental do São Paulo.
Após divergências com a Rede OM, retornou à Globo no início de 1993. Fez as Copas de 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018. Foi a voz do tetra e do pentacampeonato da Seleção Brasileira. Esteve também nas Olimpíadas de 1996, 2000, 2004, 2008, 2016 e 2021.
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