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SEM DISCUSSÃO

Magoado com Igreja Universal, Lula deve ignorar debate da Record no 2º turno

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Luiz Inácio Lula da Silva no debate da Globo do primeiro turno

Luiz Inácio Lula da Silva (PT): candidato estuda recursar convite da Record para debate

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 5/10/2022 - 7h00

Líder na votação do primeiro turno das eleições para presidente com 48,43% dos votos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai manter a estratégia de ir a poucos debates no segundo turno. O embate promovido pela Record, previsto para o próximo dia 23, deverá ficar na lista dos ignorados. A relação do candidato com a TV não é boa por causa dos ataques que a Igreja Universal do Reino de Deus fez usando a emissora.

Com isso, o encontro entre Jair Bolsonaro (PL) e ele é dúvida pelo menos em uma rede de televisão. Além da Record, estão marcados outros quatro debates: RedeTV!/Metrópoles, em 17 de outubro, e SBT/CNN, no dia 22.

O da Globo está confirmado para 28 de outubro, dois dias antes do pleito. A pedido de Lula e Bolsonaro, a Band adiou o seu debate, que iria acontecer no domingo (9), como informou o Notícias da TV.

Segundo apurou a coluna, as campanhas de Lula e Bolsonaro haviam concordado com as regras de um encontro no segundo turno na Record semanas atrás. No entanto, não confirmaram a participação. Como a emissora é alinhada com o atual presidente, a presença dele é dada como certa internamente.

No caso de Lula, a situação é bem diferente. Emissora e candidato se estranharam por causa das sabatinas no Jornal da Record. O ex-presidente procurou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para questionar a forma como o sorteio dos dias e as regras foram feitas. Ele foi o único dos quatro convidados que não apareceu na Barra Funda.

Igreja Universal ataca Lula e PT

O segundo motivo são os ataques que a Igreja Universal tem feito nos programas que produz para as madrugadas da Record. A IURD é liderada por Edir Macedo, dono da emissora paulista e que foi apoiador dos governos do PT entre 2002 e 2016 --deixando-os pouco antes do impeachment de Dilma Rousseff.

Desde maio, a IURD mostra na Record que "é impossível ser cristão e ser de esquerda", como chegou a dizer em um programa dias antes do pleito do último domingo (2). Renato Cardoso, considerado o religioso mais forte da Igreja Universal depois de Edir Macedo, já chegou a dizer em um programa que Lula e o PT são ladrões.

"Hoje, nós estamos colhendo tudo o que a esquerda e o PT plantou. É não se enganar. Eu estou apelando para usar a sua inteligência. É não cair na voz desses mentirosos", disse Cardoso. Os ataques foram tão graves que se estudou uma ação no TSE contra a TV.

Procurada pelo Notícias da TV, a campanha de Lula afirmou que não tem uma posição oficial ainda sobre outros debates televisivos, mas admitiu que pediu uma alteração na data do encontro na Band para que ele não aconteça no próximo domingo (9). A tendência é que ele seja adiado para o dia 16.


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