Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Instagram
Youtube
TikTok

NO BRASIL URGENTE

Luisa Mell é atacada por mulher da casa abandonada: 'Ela vai me bater'

REPRODUÇÃO/BAND

Foto de Luisa Mell

Luisa Mell no Brasil Urgente; protetora resgatou um cachorro da casa de Margarida Bonetti

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 20/7/2022 - 17h50

Luisa Mell quase apanhou de Margarida Bonetti, conhecida como "a mulher da casa abandonada", na tarde desta quarta (20). A protetora dos animais entrou na mansão da senhora para resgatar um cachorro que vivia em situação crítica e precisou sair correndo para não ser agredida. "Eu não posso ir lá atrás, ela vai me bater", disse a ativista ao Brasil Urgente, na Band.

Enquanto fazia a cobertura da operação policial no casarão de Higienópolis, bairro nobre de São Paulo, José Luiz Datena conseguiu conversar com Luisa sobre o que ela havia visto dentro da residência.

Com o cachorro nos braços, a protetora falou sobre o surto de Margarida e disse que ela está vivendo em um espaço totalmente insalubre, assim como o animal. "Os policiais que encontraram, estava muito assustado, quando a gente entrou ela arrancou o cachorro da minha mão, enfiou dentro da malha [da blusa] e começou sufocar o cachorro. Eu peguei ele e saí correndo".

"Eu falei: 'Você vai matar o cachorro', ela falou: 'Vocês querem tirar tudo de mim'. Ele que conseguiu resgatar, eu não ia conseguir", continuou Luisa, apontando para um colega de trabalho identificado como Bruno. "Ela falou que o cachorro era dela e que não íamos levar. Ela não quis dar, a delegada pediu, quando eu peguei, ela me deu uma gravata e saiu atrás de mim", contou ele.

"Eu não posso ir lá atrás, ela vai me bater, ela veio para bater. Ela bateu nos policiais, foi um negócio bem...", completou a protetora de animais.

Ao longo da operação, uma advogada de Margarida chegou ao local, concordou que ela não tem condição psíquica de permanecer na casa. A delegada Vanessa Guimarães afirmou que a dona da casa sairá do local ainda hoje, sob o flagrante de abandono de incapaz. A mulher deve ser acolhida por uma irmã, mas também deve responder criminalmente, por não cuidar bem dos cachorros que mantinha ali.

"A gente vai analisar sobre ela responder por crime de maus-tratos aos animais. Um dos animais estava com câncer muito grave, o animal [resgatado] hoje parece muito magrinho, não consegue nem andar. Está sendo analisada a tipificação de maus-tratos aos animais", concluiu a delegada.

A mulher da casa abandonada

Margarida Bonetti foi acusada de ter mantido sua então empregada doméstica em condições análogas à escravidão. Ela e o marido, René Bonetti, moravam no Estado de Maryland, nos Estados Unidos, e tinham uma empregada brasileira, que nunca recebeu salário no período em que trabalhou lá.

O FBI investigou o caso durante dois anos e constatou que a funcionária sofreu diversos maus-tratos de Margarida, como ter seu cabelo puxado pela dona da casa até sair sangue e ter vivido com um tumor do tamanho de uma bola de futebol durante anos, sem ter recebido qualquer assistência dos patrões. 

René Bonetti foi julgado e condenado a seis anos de prisão nos Estados Unidos, os quais ele já cumpriu e hoje vive livre. Margarida não chegou a ser julgada: fugiu de volta para o Brasil em 1998 e desde então vivia reclusa na casa de Higienópolis. Pelos sistema judiciário brasileiro, o caso dela prescreveu.

O caso de Margarida foi tema do podcast A Mulher da Casa Abandonada, da Folha de S.Paulo, feito pelo jornalista Chico Felitti. O último episódio, publicado nesta quarta (20), trouxe entrevista com a mulher, que negou todas as acusações do FBI e disse ser vítima de uma máfia de advogados. 


Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.