Pelas barbas do profeta
Reprodução/TBS
Silvio Luiz narra uma cena fictícia de filme pornô durante entrevista a Antonio Tabet, no Show do Kibe
DANIEL CASTRO
Publicado em 25/6/2015 - 19h16
Atualizado em 26/6/2015 - 6h27
Conhecido pelos bordões originais, por não gritar gol e pelo esforço em transformar jogos ruins em espetáculos televisivos, o locutor Silvio Luiz, 80 anos, revela mais uma faceta: ele toparia narrar um filme pornográfico. Na edição do Show do Kibe que o canal TBS exibe no próximo domingo, Silvio Luiz diz que aceitaria o desafio se fosse convidado. Ele chega a descrever uma cena erótica inventada na hora. Como nos jogos da Série B que ancora na RedeTV! aos sábados, a locução da "cena" é toda enviesada e marcada por um de seus bordões clássicos: "Pelas barbas do profeta".
Silvio Luiz é um dos grandes narradores esportivos brasileiros e o mais original deles. Além de "pelas barbas do profeta", criou outro bordão memorável: "Pelo amor dos meus filhinhos", hoje atualizado para "Pelo amor dos meus netinhos", para comentar jogadas desastrosas. Nos anos 1970 e 1980, dominou as transmissões com um jeito singular de narrar gols da seleção: "Ééééé... mais um gol brasileiro, meu povo. Enche o peito, solte o grito da garganta e confira comigo no replay. Foi, foi, foi ele! [Nome do jogador], o craque da camisa número [número]".
Ex-árbitro de futebol, Silvio Luiz revela que muitas de suas expressões, como "mandar um sapato" e "meter o bambu", vieram das partidas que apitou. Silvio Luiz também foi radioator. Entrou para o universo do rádio e da TV acompanhando a mãe, locutora. "Para cabular estudo, eu ia pra rádio onde ela trabalhava", lembra.
Na entrevista a Antonio Tabet, Silvio Luiz diz que jogo bom, para ele, é jogo ruim. "Quanto pior o jogo, melhor pra mim, porque eu me divirto, começo a pegar no pé dos caras. Se tiver um diretor de televisão bom, que mostre os torcedores na arquibancada, aí eu fico perguntando o preço do pastel, se o cara tem uma sogra com o calcanhar rachado", conta.
No programa, o narrador confessa que torceu contra o Brasil na Copa de 2014. Diz que temia que uma eventual vitória servisse para acobertar "problemas difíceis", como ocorreu no Mundial de 1970, durante a Ditadura Militar (1964-1985). "Se a gente ganhasse essa Copa aqui, em casa, os problemas difíceis seriam acortados", aposta. Mas os 7 a 1 da Alemanha não doeram? "Eu dei risada", responde.
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