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Novela das nove

Babilônia: Teresa e Aderbal entram em guerra por kit hétero e cura gay

Reprodução/TV Globo

Fernanda Montenegro (Teresa) em cena de Babilônia, da Globo; advogada briga contra projeto antigay - Reprodução/TV Globo

Fernanda Montenegro (Teresa) em cena de Babilônia, da Globo; advogada briga contra projeto antigay

MÁRCIA PEREIRA

Publicado em 25/6/2015 - 22h50
Atualizado em 26/6/2015 - 5h48

A cura gay será o motivo de uma guerra entre Aderbal (Marcos Palmeira) e Teresa (Fernanda Montenegro) em Babilônia, novela das nove da Globo. O prefeito vai inaugurar uma escola e criar um programa de reabilitação da masculinidade com um "kit hétero". O projeto será divulgado no Diário de Jatobá como parte da educação sexual das crianças. A advogada ficará sabendo e fará uma denúncia ao Ministério Público, alegando que o Estado não pode subsidiar uma prática discriminatória e desrespeitosa à integridade psíquica das pessoas. Ela conseguirá uma liminar para impedir que o político lance o programa.

A sugestão do projeto será de Consuelo (Arlete Salles), que dirá ao filho que os meninos precisam aprender a ser machos, e as meninas, a obedecer seus maridos. Luís Fernando (Gabriel Braga Nunes) orientará o prefeito a lançar o kit hétero na inauguração de uma escola logo após uma chacina que acontecerá na cidade, resultando em 15 mortos.

"Quanto mais barulho, melhor! Você chama a atenção pra si! E o seu eleitorado conservador vai adorar! Chacina, faxina, kit hétero, isso mobiliza o público. O brasileiro tem obsessão por sexo, é louco pra vigiar a sexualidade alheia", dirá o marido de Karen (Maria Clara Gueiros). Ele começará a assessorar Aderbal a partir do capítulo do dia 7.

Enquanto isso, Teresa convocará Paula (Sheron Menezzes) para ajudá-la em uma denúncia. "Criar um kit hétero, um centro de reabilitação pra homossexuais lá em Jatobá", dirá a advogada à funcionária. "Pra quem acredita nesses absurdos", responderá Paula.

O texto do roteiro soa como uma alfinetada nos políticos da Frente Parlamentar Evangélica, que emitiram nota pedindo boicote a Babilônia, por conta dos beijos do casal de lésbicas que foram ao ar no primeiro e no terceiro capítulos. Depois de cenas de carinho e selinhos de Estela (Nathalia Timberg) e Teresa serem eliminadas da novela, os autores vão colocar a personagem de Fernanda Montenegro travando uma guerra contra o político que se diz defensor da moral e dos bons costumes. 

Estratégia política

"Muita gente acredita [na cura gay], e o Aderbal Pimenta sabe disso, está jogando pra plateia. Mais exposição na mídia, mais eleitores no bolso, e ainda aproveita pra jogar pra escanteio as manchetes sobre a chacina que aconteceu lá. Me procuraram do Conselho Federal de Psicologia. A chamada cura gay não é autorizada pela categoria", falará Teresa a Paula. 

Em seguida, a companheira de Estela fará uma denúncia ao Ministério Público, alegando que Estado não pode subsidiar uma prática discriminatória e desrespeitosa à integridade psíquica das pessoas. Paula a avisará que Aderbal recorrerá. "Só que nós também estamos representando o Conselho Federal de Psicologia", esclarecerá a advogada. 

"Se algum psicólogo participar de alguma terapia maluca de cura gay, vai ter seu registro cassado", completará Paula. "Sem eles, como o Aderbal vai operar o centro? É simples: vai ter que fechar. E nós vencemos", dirá Teresa em uma sequência que irá ao ar dia 9.

Liminar

No capítulo seguinte, com a liminar suspendendo o projeto do prefeito, Teresa, Paula e um oficial de Justiça vão correr para a inauguração de uma escola em Jatobá. Elas chegarão no meio do discurso do político. "Prefeito Pimenta! O seu projeto homofóbico, sexista e machista está suspenso por decisão judicial", gritará ela, com o braço para cima balançando o documento como se fosse uma bandeira.

"Meu nome é Teresa Petruccelli. Eu entrei com um pedido de liminar suspensiva contra o...", dirá a advogada, ficando sem fala ao ver Laís (Luísa Arraes) no palanque. É assim que ela descobre que a namorada de Rafael (Chay Suede) é filha de Aderbal. 

Em seguida, Laís vai levar os dois para um lugar reservado e eles vão bater boca. "A senhora vem à minha cidade, bagunça minha festa, traz oficial de Justiça pra impedir a minha inauguração!", gritará ele. "Sua, sua, sua, a cidade é sua, o governo é seu, os eleitores são seus, o senhor se esquece de que é funcionário público? Meu Deus, por que todo político brasileiro se esquece de que o seu patrão é o povo?", esbravejará a advogada. 

Aderbal afirmará que foi eleito para indicar o caminho para o povo seguir. "Caminho do abismo. O senhor manipula o medo das pessoas! O senhor não é rei! Tem obrigação de ouvir as vozes divergentes, de não fazer política pública contra uma parte da população", argumentará Teresa, com Aderbal gritando "minoria". "Maioria que não respeita minorias é ditadura, não é democracia. Democracia é respeito aos direitos de todos", vai disparar ela.  

A discussão será encerrada com ela prometendo ir longe para impedir o projeto antigay, mas no final Aderbal vai  fazer uma proposta a ela em relação ao romance de seus filhos. "É nosso interesse comum acabar com esse namoro. Vamos nos unir pra separar aqueles dois?", perguntará o prefeito. O capítulo terminará com a expressão de Teresa em choque. 


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