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E O JOELMA?

Linha Direta prioriza raiz investigativa com true crime e escanteia casos paranormais

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Pedro Bial na abertura da 2ª temporada do Linha Direta, na Globo

Pedro Bial na abertura da 2ª temporada do Linha Direta, na Globo: programa retornou em abril

IVES FERRO

ives@noticiasdatv.com

Publicado em 30/5/2024 - 21h00

O Linha Direta foi repaginado desde sua reestreia em 2023, quando voltou à televisão depois de 16 anos. A primeira temporada resgatou a memória do público com casos antigos de grande repercussão, como o sequestro de Eloá Cristina. Já a segunda evidenciou a raiz investigativa: o Linha Direta prioriza expor criminosos foragidos e abre mão do tom misterioso usado no passado, quando dedicava episódios especiais ao paranormal.

A ideia da produção atual é colocar o Linha Direta entre os programas policiais e documentários que deixaram de lado o sensacionalismo da TV para abordar o true crime de maneira séria, com depoimentos mais contundentes e um roteiro que possa passar credibilidade com mensagens de alerta e denúncias.

O antigo programa comandado por Hélio Costa, Marcelo Rezende (1951-2017) e Domingos Meirelles já adotava a denúncia como objetivo principal, porém alguns casos exibidos tinham situações que causavam desconforto em quem tinha o estômago leve demais. As tradicionais simulações com atores também pesavam na representação da violência. Agora é diferente.

Os primeiros episódios da segunda temporada do Linha Direta mostraram que nem sempre os casos precisam de uma abertura midiática forte. Mesmo que alguns deles sejam desconhecidos ou pouco lembrados, o que importa é o canal de denúncia para encontrar o foragido, e qual recado o crime vai passar para o público.

Nos seis episódios exibidos pela Globo, a segunda temporada do Linha Direta abordou o caso Beatriz Angélica; os crimes de Jair Tércio Cunha, o "falso profeta"; o crime da família Gonçalves; a morte da comissária de bordo Camila Peixoto; a história do assassinato de Andréa Rosa, morta pela mãe após uma briga pela guarda do filho; e a morte encomendada da quilombola mãe Bernardete.

Nesta quinta-feira (30), vai ao ar um episódio dedicado ao assassinato do ator Jeff Machado (1979-2023), encontrado dentro de um baú depois de passar quatro meses desaparecido.

Vai ter paranormal no Linha Direta?

Nas redes sociais, é comum telespectadores indagarem "cadê o Edifício Joelma?", "mas e os casos de fantasmas?". A Globo informou ao Notícias da TV que não há previsões para a produção de episódios com roteiros semelhantes aos apresentados no Linha Direta Mistério, que contemplou apenas três casos de situações místicas.

Os episódios especiais traziam casos que desafiavam a compreensão humana, para os quais não foram encontradas explicações racionais. O mais famoso deles é a história do Edifício Joelma, com teorias da conspiração sobre o incêndio de 1974 e supostos crimes e fantasmas que habitam a construção até hoje.

Também foram contadas experiências de quase morte, com pessoas que alegam ter saído do próprio corpo e retornado após serem dadas como mortas; e a Operação Prato, que em 1977 investigou aparições extraterrestres e forças sobrenaturais no litoral do Pará.


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