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'GOSTEI DA MENSAGEM'

Leandro Narloch agradece elogio de Jair Bolsonaro após demissão da CNN Brasil

REPRODUÇÃO/CNN BRASIL

Imagem de Leandro Narloch durante jornal na CNN Brasil e Jair Bolsonaro em coletiva com jornalistas

Leandro Narloch e Jair Bolsonaro; jornalista agradeceu elogio do presidente após demissão da CNN Brasil

REDAÇÃO

Publicado em 13/7/2020 - 20h01

Leandro Narloch agradeceu o elogio que o presidente Jair Bolsonaro fez após sua demissão da CNN Brasil. Em entrevista realizada nesta segunda-feira (13), o jornalista reforçou que foi vítima da cultura do cancelamento após ter realizado um comentário considerado homofóbico pelo público. Em uma mensagem no Twitter, o governante disse que o escritor tem "opinião própria e independência".

"Eu gostei da mensagem do presidente. Não concordo com ele. Na CNN, eu critiquei muito mais ele do que apoiei, todo dia eu criticava ele, mas achei o texto bem escrito. Um texto de estadista, o que é meio raro ali nos tuítes do Bolsonaro", afirmou Narloch em entrevista para o Morning Show (Rádio Jovem Pan).

A polêmica com o jornalista teve início na última quarta-feira (8), durante a participação no Live CNN, quando comentou sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal que permitiu com que homossexuais doassem sangue. Em sua fala, ele afirmou que a alteração representava uma "mudança pequena" na sociedade e que "gays têm uma chance muito maior de ter Aids".

"A mudança, na verdade, é pequena, ela vai restringir mais a conduta, e não o tipo de pessoa, a opção sexual (sic) do indivíduo. Toda essa polêmica começou porque, não há dúvida disso, os gays, os homens gays, eles têm uma chance muito maior de ter Aids, né? Em 2018, uma pesquisa mostrou que 25% dos gays de São Paulo eram portadores de HIV", começou o jornalista em seu comentário.

"Mesmo que esse número seja exagerado, e de fato ele parece mesmo exagerado, o fato é que é dezenas de vezes maior, maior a chance do que na população geral. A questão é que outros critérios para exclusão já restringem os gays que têm comportamento promíscuo, né?", complementou. Phelipe Siani e Marcela Rahal, apresentadores do telejornal, ficaram sem reação após a fala de Narloch.

No entanto, nas redes sociais, o comentário foi criticado e, dois dias depois, o canal de notícias desligou o jornalista de seu quadro de profissionais. No sábado (11), Bolsonaro saiu em defesa de Narloch, dos jornalistas Luís Ernesto Lacombe e Rodrigo Constantino e do bacharel em Direito Caio Copolla.

"[Eles] possuem algo em comum, que é opinião própria e independência. Isso já é suficiente para serem considerados nocivos dentro de grande parte da mídia, hoje completamente dominada pelo pensamento de esquerda radical", escreveu o presidente.

"Não tenho relação com nenhum desses. Inclusive, por diversas vezes, sou alvo de suas críticas. Mas no Brasil formou-se um cenário onde não ser radicalmente crítico a um governo conservador/liberal já é motivo para ilações e perseguições. A esquerda não respeita a democracia!", defendeu o político.

"Vítima" do cancelamento

No matinal, o jornalista também se posicionou sobre as críticas e mensagens de apoio que recebeu na internet após o comentário. "Muita gente me escreveu nos últimos dias, me senti até fortalecido. As pessoas estavam ressentidas com o movimento gay. Então, me parece que tem um pouco de tiro no pé nessa intolerância", afirmou.

"Me parece que a cultura do cancelamento é esse costume de que a gente tem que banir e execrar publicamente qualquer pessoa que mostra a menor discordância, principalmente em relação a minorias. É uma intolerância, um linchamento virtual, a ideia de que você tem que linchar qualquer pessoa que discorda até mesmo de termos. Acho que fui um pouco vítima disso", destacou Narloch.

Em outro momento da entrevista, ele reforçou que não é homofóbico: "Já fui em meia dúzia de Paradas Gays (sic), adoro. Eu gosto desse clima de ver gays andando na calçada em São Paulo, isso é cosmopolita. De repente, eu me vi como o cara anti-gay, isso me incomoda muito".

Confira a entrevista:

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