Kelly Key revela que sofreu assédio de diretor na TV: 'Somos reprimidas'

Estrela do pop feminino nos anos 2000, Kelly Key revelou que sofreu assédio de um diretor na televisão. "Somos reprimidas", avaliou ela, que começou muito nova sua carreira de cantora e disse ter enfrentado poucas experiências desagradáveis como essa durante a vida profissional.

Após uma longa pausa na carreira musical, a cantora lançou no ano passado seu sétimo álbum, Do Jeito Delas!. "Tive um hiato dentro da música, porque comecei a cantar muito nova e é natural que tenha que parar para se reencontrar, se reinventar", contou ela durante participação no programa Altas Horas, de Serginho Groisman, na noite de sábado (16), na Globo.

JORNALISTA DO TEMPO

Marcelo Pereira vai às lágrimas no Encontro com recado surpresa da mãe

SONHO COM NOVELA

Globo convoca Alane Dias para fazer teste como atriz e integrar banco de elenco

"Eu percebia que dentro da música eu já tinha dado o que tinha que dar. Mas as pessoas pediam coisas novas e queriam que eu voltasse", disse Kelly, que se divide entre Brasil e Portugal --ela atualmente está no país europeu.

Durante o bate-papo, Groisman questionou se Kelly chegou a sofrer assédio durante sua carreira, e a artista revelou que passou alguns momentos difíceis. "Todas as mulheres já passaram por isso. A maioria. A gente nunca fala sobre, porque somos oprimidas. Eu tive poucas experiências como essa. Mas já estive na televisão e aconteceu de um diretor receber foto minha, de divulgação, de vestido, eu chegar no programa de calça, e ele falar: 'Não, eu chamei uma cantora que usa saia'", contou ela.

Para Kelly, a sensação é de que as mulheres sempre precisam provar algo para alguém. "Isso te reprime, porque você não dança mais da mesma maneira, não se veste mais como gostaria. Mas aí chega a maturidade, e você começa a entrar numa vibe de que não precisa mais provar nada pra ninguém", explicou.

Kelly lembrou que as mulheres do mundo pop usam muito o corpo com a dança, e isso acaba gerando conflitos. "A sensualidade está no palco. Como o corpo da mulher sempre foi muito sexualizado, as pessoas não achavam de bom tom. Achavam minhas músicas ousadas."