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CONSAGRADOS

Trinta e quatro anos depois, 40% dos atores de Sinhá Moça já morreram

Reprodução/TV Globo

Lucélia Santos e Marcos Paulo posam como os protagonistas da novela Sinhá Moça, com trajes de época

Lucélia Santos e Marcos Paulo foram os protagonistas de Sinhá Moça (1986); o ator morreu em 2012

REDAÇÃO

Publicado em 28/4/2020 - 5h20

Há exatos 34 anos, a primeira versão da novela Sinhá Moça estreava na faixa das 18h da Globo com um elenco de atores renomados. Hoje, 40% dos 43 profissionais que trabalharam no elenco fixo da produção já morreram. Artistas consagrados da teledramaturgia, como Marcos Paulo, Rubens de Falco e Grande Otelo, são alguns dos que já partiram.

Marcos Paulo (1951-2012) viveu o mocinho Rodolfo, jovem com fortes ideais que lutava pela abolição dos escravos. Ele conhecia Sinhá Moça (Lucélia Santos) durante uma viagem de trem, e os dois se apaixonavam à primeira vista. Mas tiveram dificuldades para viver sua história de amor porque o pai dela, o Barão de Araruna (Rubens de Falco), era um ferrenho defensor do regime escravagista.

Tanto Marcos Paulo quanto Rubens de Falco (1931-2008) tiveram muito destaque na trama com boas atuações. Na época de Sinhá Moça, o protagonista galã também já trabalhava como diretor de novelas da Globo. Ele comandou novelas como Roque Santeiro (1985), Fera Ferida (1993) e A Indomada (1996), por exemplo.

Seu último trabalho como ator foi em Desejo Proibido (2007), que ele também dirigiu. Em 2011, Paulo foi diagnosticado com câncer de esôfago, e no ano seguinte morreu em casa, por embolia pulminar. 

Vilão de Sinhá Moça, Rubens de Falco também já tinha carreira consolidada na Globo, com papéis importantes como o Leôncio de A Escrava Isaura (1976) e Samir Hayala em O Astro (1978). Ele também fez a versão da Record para A Escrava Isaura (2004), naquele que foi o seu último trabalho na TV. O ator sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) em outubro de 2006 e viveu num asilo em São Paulo até fevereiro de 2008, quando morreu de ataque cardíaco.

Outro destaque de Sinhá Moça foi o comediante Grande Otelo (1915-1993), uma participação de luxo na novela. Ator, cantor, produtor e compositor, ele fez carreira no teatro de revista e em dezenas de filmes de comédia entre os anos 1940 e 1960. Na Globo, fez novelas e humorísticos, como Escolinha do Professor Raimundo (1990-1993) e Renascer (1993), seu último trabalho.

Otelo estava viajando para Nantes, cidade do interior da França onde receberia uma homenagem num festival de cinema, quando sofreu um infarto fulminante. Ele morreu assim que desembarcou em Paris, aos 78 anos.

Em Sinhá Moça, o ator interpretou Justo, um escravo alforriado que fugia do trabalho e era engajado na luta pela libertação de seus companheiros. O ator Antonio Pompêo (1953-2016) também fez o papel de um escravo, Justino, que desejava vingança e odiava os brancos escravagistas.

Além de ator de diversas novelas na Globo, como Mulheres de Areia (1993) e A Viagem (1994), Pompêo também foi artista plástico e diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afrobrasileira da Fundação Cultural Palmares, até então ligada ao Ministério da Cultura. Ele sofreu um infarto fulminante e morreu em casa, no Rio de Janeiro, aos 62 anos.

Outros atores consagrados fizeram parte de Sinhá Moça e são parte da memória da teledramaturgia: Neuza Amaral (1930-2017), Luís Carlos Arutin (1933-1996), Sérgio Viotti (1927-2009), Valter Santos (1954-2013), Jacira Sampaio (1922-1998), Cláudio Mamberti (1940-2001), Augusto Olímpio (1943-1993), Ivan Mesquita (1932-2011), Germano Filho (1933-1998), Fernando José (1937-2014), Newton Martins (1935-2011) e Aguinaldo Rocha (1930-2010).


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