NOVOS ARES
Reprodução/CNN Brasil
Márcio Gomes no comando do CNN Prime Time de 7 de dezembro: faltou espaço para crescer
Na noite desta quarta (9), Márcio Gomes completará um mês à frente do Prime Time, programa que marcou sua estreia na CNN Brasil. Em entrevista exclusiva ao Notícias da TV, o jornalista que virou uma espécie de embaixador das informações sobre o coronavírus no Brasil abre o jogo sobre o que motivou sua saída da Globo depois de 24 anos.
O âncora, que completou 50 anos no último sábado (5), não via mais oportunidades de crescer na antiga emissora depois de passar uma longa temporada como correspondente no Japão. Virou apresentador substituto do Jornal da Globo, do Jornal Hoje e do SP2, na Globo, e do Edição das 16h e do Em Ponto, na GloboNews, mas não tinha um programa para chamar de seu --o Combate ao Coronavírus, do qual era titular, durou pouco mais de dois meses.
"Fiquei cinco anos na Ásia e, depois, senti uma parada. Com a pandemia, tive uma nova chance. Mas, passado o Combate, senti que não teria muito crescimento. Assim, para seguir evoluindo --e usando tudo o que aprendi em 28 anos de jornalismo--, optei pela mudança", explica ele.
Gomes conta que já havia recebido propostas para trocar a Globo por outras emissoras no passado. "Mas [aconteceram] quando era mais jovem. E eu tinha muitas expectativas na Globo, fui ficando --e crescendo. Apresentador da GloboNews, Bom Dia Rio, RJ1 e RJ2, plantonista no Jornal Nacional e no Bom Dia Brasil, apuração de eleições e de Carnaval, mediador de debates, correspondente internacional", lista ele.
Essas oportunidades o fizeram ficar mais de duas décadas na maior emissora do país. E a falta de novas chances o motivaram a buscar outros desafios. "Todo mundo nessa pandemia teve que desenvolver alguma habilidade, se adaptar a uma situação inesperada, enfrentar o novo", filosofa.
Ao contrário de colegas que adotaram o discurso de que a pandemia ia passar rapidamente, Márcio Gomes preferia dizer: "Se adapte, prepare-se para o que vem, esteja pronto". A dica que dava para o público virou um conselho para si mesmo. "Esse talvez seja o meu balanço: 2020 foi o ano em que eu soube estar pronto, preparado, para tantas mudanças."
Antes de assinar o contrato com a CNN Brasil, o âncora teve conversas sérias com a mulher, a também jornalista Taiga Gomes, e com amigos mais próximos. "Todos me ajudaram a ver que a mudança seria boa. O streaming já está entre nós e não tem retorno. Fazer jornalismo aí, essa é a novidade."
Gomes faz um balanço dos mais positivos de seu primeiro mês à frente do CNN Prime Time, exibido de segunda a sexta, das 18h às 19h30. "Tivemos --de novo!-- pouco tempo para pensar em um programa! Notícia é notícia, mas podemos sempre apresentar de um jeito diferente. Queremos todo dia surpreender nosso público. A equipe da Redação contribui com ideias, temos repórteres animados, analistas que entraram no ritmo do jornal", elogia o apresentador.
E para 2021, o que ele espera --além da vacina, é claro? "Eu adoraria poder ir mais para a rua, cobrir os Jogos Olímpicos [que serão realizados em Tóquio]... Veremos o que o destino nos reserva. Estou, como sempre, pronto!"
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