Reprise no Viva
Fotos: Divulgação/TV Globo
Elenco de A Grande Família em 2001; quatro primeiras temporadas serão reprisadas
REDAÇÃO
Publicado em 5/8/2018 - 7h10
A família mais "unida e ouriçada" da TV volta ao ar nesta segunda (6). O canal Viva reprisará, em horário nobre, as quatro primeiras temporadas da segunda versão de A Grande Família. O programa, sucesso na Globo durante 14 anos, marcou a história da TV brasileira e cravou lugar na memória afetiva do público com as confusões de uma típica família suburbana, mas também teve casos de comoção e discussões nos bastidores.
Lúcio Mauro Filho, que interpretava o Tuco, deu entrevista em que confirmou brigas entre o elenco, principalmente envolvendo Pedro Cardoso (o Agostinho).
Ao longo dos anos, a série perdeu dois atores: Rogério Cardoso (1937-2003), o avô Floriano, e Francisco Milani (1936-2005), contratado para substituir o colega como outro parente idoso da família, o tio Juvenal.
Já Marieta Severo, intérprete da matriarca dona Nenê, teve que se desdobrar para dar conta de três papéis diferentes em pouquíssimo tempo.
Relembre curiosidades e histórias dos bastidores de A Grande Família:
Cena de briga em A Grande Família; elenco teve discussões durante gravações da série
Brigas
Nos últimos anos de A Grande Família, começaram a surgir boatos de brigas nos bastidores, e os próprios atores confirmaram. Em 2012, Guta Stresser admitiu que discussões com Pedro Cardoso interromperam uma gravação do seriado.
Um ano após o fim do programa, Lúcio Mauro Filho deu uma entrevista ao Pânico (na rádio Jovem Pan) em que também citou as brigas e problemas com Cardoso. "Tivemos poucas brigas para 14 anos juntos. Agora, quando brigava, também... É família, né? São 14 anos, quando briga não tem filtro, não tem nada (...) [Cardoso] É chateado desde que nasceu. Mas aprendi muito com ele", contou.
O ator Rogério Cardoso fez parte de A Grande Família e foi homenageado no dia de sua morte
Mortes no elenco
Rogério Cardoso fez o papel de Floriano durante dois anos. Em julho de 2003, ele morreu em um ataque cardíaco fulminante, aos 66 anos. No mesmo dia, a Globo exibiu uma reprise de um episódio focado nele, chamado O Velhinho Pocotó. A morte do ator causou muita comoção no elenco.
Para suprir a falta de seu Floriano, foi criado outro personagem, o tio Juvenal, interpretado por Francisco Milani. Mas o ator também morreu, em 2005, e depois dele não foram incluídos outros parentes idosos na história.
Quando entrou para A Grande Família, a atriz Marieta Severo já tinha outros dois empregos
Atriz com três empregos
Quando a proposta de A Grande Família foi feita para Marieta Severo, ela estava comprometida com dois outros trabalhos: uma peça de teatro e a personagem Alma, uma vilã socialite em Laços de Família (2000).
Mas a atriz achou o convite tão irrecusável que topou fazer Dona Nenê mesmo assim. Ela chegou a se dedicar à novela e à série ao mesmo tempo. Um dia depois de gravar sua última cena para Laços de Família, já cortou o cabelo para interpretar a matriarca da família Silva.
A casa de A Grande Família tinha três quartos e ampla área de convivência para todos
Casa de verdade
Para montar o universo de A Grande Família, a Globo contratou uma antropóloga, que estudou vários bairros do Rio de Janeiro e decidiu que o cenário da casa e as ruas ao redor deveriam ser construídos com inspiração no Realengo.
A casa cenográfica tinha 120 m², três quartos, um banheiro, sala, cozinha e garagem. Tudo foi construído como uma casa normal, com interruptores e torneiras que funcionavam de verdade, para que os atores agissem com mais naturalidade e intimidade em cena.
Paulão (Evandro Mesquita) e Agostinho (Pedro Cardoso) pesavam a mão nas estampas
Inferno das estampas
Os figurinistas de A Grande Família se esforçaram para trazer um visual suburbano e muito bem pensado para cada personagem _por exemplo, Agostinho com suas camisas coloridas e calças que não combinavam, e Bebel com roupas de lantejoulas e strass. Até o look da casa de Dona Nenê era escolhido nos mínimos detalhes.
Toda a identidade visual da série foi definida pelo figurinista Cao Albuquerque como "inferno das estampas". As cores berrantes fizeram sucesso e marcaram o programa, assim como os acessórios de decoração. A jarra de abacaxi de Dona Nenê virou ícone nos lares brasileiros.
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