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BOA VIZINHANÇA?

Globo e Netflix declaram guerra fria nos bastidores em disputa por galãs

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Imagem de Ayrton Senna segurando um troféu ao fim de uma corrida

O piloto Ayrton Senna vai ganhar uma série na Netflix; projeto ainda não tem data de estreia

CARLA BITTENCOURT, colunista

carla@noticiasdatv.com

Publicado em 14/11/2022 - 7h02

A política de boa vizinhança entre Globo e Netflix ficou para trás. Depois de dispensar vários talentos que tinham exclusividade, a emissora não gostou de ter atores em suas produções e na concorrência ao mesmo tempo. Foi por esse motivo que a líder de audiência fez Chay Suede desistir de dar vida a Ayrton Senna (1960-1994) na série da plataforma de streaming. A dificuldade na relação entre as empresas é tanta que até agora não há um nome forte confirmado para o papel principal.

Chay Suede foi o primeiro ator convidado para dar vida a Senna. Na época, a Globo havia sinalizado positivamente. Mas a demora de o projeto sair do papel e o crescimento da Netflix fizeram a emissora mudar de ideia. Se antes dividir o elenco com a plataforma de streaming parecia algo normal, agora a Globo está disposta a segurar seus talentos.

Pressionado, Chay desistiu de interpretar Ayrton Senna e renovou com a Globo para fazer Travessia. Nicolas Prattes, que é estrela de uma ação comercial de uma marca esportiva com a Fundação Ayrton Senna, também não poderá dar vida ao atleta por ter contrato longo com a TV. Na pele do sofrido Diego de Todas as Flores, Prattes é uma espécie de queridinho que a emissora não libera de jeito nenhum.

Como a emissora não quer mais dividir seus talentos com a plataforma, a saída para quem quer fazer algo na Netflix é abrir mão do vínculo de exclusividade e seguir para a concorrência.

Lucy Alves foi chamada para protagonizar a novela das nove da Globo depois de ter se comprometido com a Netflix para fazer a série Só Se For Por Amor. A heroína de Travessia só pôde assinar com a Globo após o fim de seu compromisso com a plataforma.

O começo da crise

A relação entre Globo e Netflix já não andava muito bem depois do imbróglio vivido com Camila Queiroz --antes mesmo de toda a confusão envolvendo as últimas gravações de Verdades Secretas 2. A atriz assinou contrato com a gigante do streaming enquanto seu compromisso com a TV estava vigente. Por opção própria, ela não tinha contrato longo com a emissora carioca, apenas por obra.

O comportamento da atriz não foi bem aceito internamente na Globo. Como ela já estava comprometida com Verdades Secretas 2 e perder a protagonista Angel não era uma possibilidade, a emissora deixou o assunto de lado.

Os adiamentos provocados pela pandemia embolaram o meio de campo, e a situação entre as duas empresas azedou ainda mais. Camila acabou gravando três projetos ao mesmo tempo, dois deles na concorrência.

Enquanto fazia Verdades Secretas 2 na Globo, a atriz filmou De Volta aos 15 e gravou Casamento às Cegas, ambos na Netflix. Ela precisou, inclusive, se ausentar durante alguns dias para ir a Paris gravar as últimas cenas do filme. Por causa dos compromissos com a plataforma de streaming, Camila também não pôde mudar o visual para a novela de Walcyr Carrasco. A partir daí, a emissora passou a não tolerar mais dividir os seus talentos.

Marcos Mion, por exemplo, teve que reincidir seu contrato com a plataforma para estar à frente do Caldeirão. Ele havia assinado com a Netflix após sair da Record, mas abriu mão após o convite da Globo. Como não havia nenhum projeto em andamento no streaming, o rompimento foi amigável.

Atualmente, só Larissa Manoela tem contratos vigentes com as duas concorrentes. O combinado com a atriz de Além da Ilusão (2022) foi feito no começo de 2020, "pré-pandemia, em outros tempos", como se fala nos bastidores da emissora.

Larissa tem um contrato longo assinado com a Netflix em 2018, antes de sua negociação com a Globo, que a obriga a protagonizar quatro longas-metragens. Três deles já foram produzidos e estão no ar: Modo Avião (2020), Diários de Intercâmbio (2021) e Lulli (2021). Uma nova produção já está em andamento e deverá ser rodada em 2023.

Quando estreia a série sobre Ayrton Senna?

Anunciada em setembro de 2020, a série da Netflix sobre a vida de Ayrton Senna (1960-1994) finalmente vai sair do papel. A plataforma de streaming contratou Vicente Amorim para dirigir o projeto, que era para estrear neste ano, mas foi adiado e ainda não ganhou nova data. "Dirigir uma série sobre o Senna é um privilégio e uma enorme responsabilidade. Tenho a sensação de ter me preparado a vida inteira pra esse momento", comentou Amorim.

Realizada em parceria com a família Senna e baseada na vida do piloto, a minissérie terá oito episódios e as gravações acontecerão em inglês e português. Produzida pela Gullane para a Netflix, a obra retrata a intimidade do homem que se transformou em herói nacional e conquistou o mundo.

A série começa junto com o início da carreira automobilística de Senna, quando ele se muda para a Inglaterra para competir na F1600, e mostrará a vida dele até o trágico acidente em Ímola, na Itália, durante o GP de San Marino.


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