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ANÁLISE

Fátima Bernardes no The Voice: Reality precisa mesmo de apresentador?

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Fátima Bernardes tem expressão esquisita durante o Encontro, da Globo

Fátima Bernardes no Encontro: apresentadora assumirá o programa The Voice Brasil em outubro

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 13/4/2022 - 19h56

Na noite desta quarta-feira (13), a Globo anunciou Fátima Bernardes como a nova apresentadora do programa The Voice Brasil, que estreia sua 11ª temporada em outubro. A ex-âncora do Jornal Nacional já havia sinalizado que pretendia deixar o Encontro por causa do ritmo puxado de um matinal diário. Ganhou, como prêmio de consolação, um reality semanal. Mas a competição musical precisa mesmo de um apresentador?

Nada contra o trabalho de Fátima, que pode surpreender ao mostrar uma nova faceta de sua personalidade no comando da atração --como ela já havia feito ao trocar o Jornalismo pelo Entretenimento em 2012. Ritmo, pelo menos, ela já provou que tem ao encarar diferentes estilos de dança no Encontro.

Porém, ao longo dos dez anos em que é exibido na Globo, o formato já mostrou que a presença de Tiago Leifert (ou de Andre Marques e Márcio Garcia, nas versões com outras faixas etárias) não é tão fundamental assim. As repórteres de bastidores, então, fazem menos ainda --especialmente durante a pandemia, quando tiveram de abrir mão do contato direto com os familiares apreensivos dos participantes.

Muitas vezes, Leifert aparecia apenas para a introdução, as passagens de bloco e o encerramento do programa --e a locução com a história dos candidatos a astros. A parte mais importante do reality, a conversa com os cantores após a performance, fica a cargo dos próprios técnicos, que também se encarregam de cobrar dos aprovados para qual time eles preferem ir.

Carismáticos, Carlinhos Brown, Claudia Leitte, Iza, Lulu Santos e Michel Teló seriam perfeitamente capazes de se revezarem nas funções até então ocupadas por Leifert: cada um poderia "apresentar" uma edição e serem responsáveis pelas dinâmicas dos colegas. Em uma batalha do time Lulu, por exemplo, Claudinha pediria um posicionamento do dono da cadeira sobre quem eliminar --e pobre de quem ficasse com a difícil missão de exigir concisão do sempre falante Brown.

É legal que The Voice tenha um apresentador? Claro. É a pessoa ali que fala diretamente com o público de casa e aproxima o telespectador da dinâmica. Mas a função é imprescindível? Não. Há vários exemplos de reality shows em que os próprios jurados fazem as vezes de comandante, e o resultado não deixa a desejar --há casos até em que os próprios personagens da disputa controlam a narrativa através de depoimentos.

Depois de dez anos à frente do Encontro, Fátima tem a chance de encarar um desafio inédito em sua carreira: a apresentação de um reality show.  Cabe a ela usar toda a experiência adquirida em quase 40 anos de Globo para provar que é necessária, sim, na atração The Voice Brasil. Resta saber se o Brasil vai virar a cadeira para ela...

Confira vídeo sobre as mudanças na equipe da Globo:


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