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Memória da TV

Em 1998, ator de Por Amor desrespeitou regra e arrumou confusão com Flamengo

Reprodução/Globo

O ator Carlos Eduardo Dolabella em cena da novela Por Amor (1997); ele arrumou confusão ao improvisar fala - Reprodução/Globo

O ator Carlos Eduardo Dolabella em cena da novela Por Amor (1997); ele arrumou confusão ao improvisar fala

THELL DE CASTRO

Publicado em 26/5/2019 - 8h16

Atualmente em reprise no Vale a Pena Ver de Novo, a novela Por Amor (1997) causou saia justa entre Globo e Flamengo. O fato aconteceu porque o ator Carlos Eduardo Dolabella (1937-2003) desrespeitou uma regra da emissora, que proibia cacos (improvisos) nos textos. Ele criticou diretamente a diretoria do clube, que pediu direito de resposta.

Em capítulo de março de 1998, o personagem Arnaldo, interpretado pelo ator, era flamenguista roxo, participava da política do clube e disse: "O Flamengo foi transformado em um balcão de empregos e, nos últimos três anos, comprou 90 jogadores".

De acordo com a emissora, a frase prevista no roteiro do capítulo criticava os dirigentes dos clubes cariocas de forma genérica, não citando exatamente a equipe rubro-negra.

"A bola estava na marca do pênalti e eu de cara para o gol. Só fiz chutar", disse Dolabella ao Jornal do Brasil de 25 de março daquele ano. "Estou apenas a serviço do Carlos Eduardo Dolabella e da torcida do Flamengo", completou.

Ainda de acordo com o jornal, a direção do clube se sentiu melindrada e solicitou direito de resposta à Globo. "Com isso, a direção da emissora distribuiu memorando reforçando a proibição dos cacos, uma lei interna que já havia sido expedida na época de Boni, mas cuja fiscalização andava flexível", informou a reportagem.

O então presidente do Flamengo, Kleber Leite, enviou carta à vice-presidência da Globo, à superintendente executiva da emissora, Marluce Dias da Silva, e ao diretor-geral da trama, Ricardo Waddington. "No documento, Leite acusa Dolabella de estar trabalhando a serviço de Paulo César Ferreira, que se diz candidato à presidência do clube, e exige retratação no ar", destacou o JB.

Uma das colaboradoras de Manoel Carlos na autoria da trama, Letícia Dornelles relembrou o caso recentemente em seu perfil no Instagram ao participar da festa de aniversário de Kleber Leite no Rio de Janeiro (RJ).

"Coloquei um trecho no diálogo do Dola [apelido de Dolabella] com outro homem. O Dola se empolgou e colocou um caco descendo a pancada no então presidente Kleber. O Kleber acionou o advogado Michel Asseff, que, além de tudo, era vizinho do Maneco. Queria direito de resposta dentro da novela. Conseguiu uma fala diplomática. Hoje relembramos. E rimos muito", disse a autora.

Dessa forma, alguns capítulos depois, outro personagem teve que resolver o imbróglio. Marcelo, vivido por Fábio Assunção, um dos principais nomes da trama, disse que "o Flamengo não comprou 90, mas 27 jogadores". "A situação livrou de embaraços o departamento jurídico da emissora", concluiu o jornal.

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