EMILIO ORCIOLLO NETTO
Reprodução/Record
Em Topíssima, o ator Emilio Orciollo Netto vive o químico Taylor Smith, o Walter White da Record
LUCIANO GUARALDO, no Rio de Janeiro
Publicado em 26/5/2019 - 5h52
Aos 45 anos de idade e na TV desde 1996, Emilio Orciollo Netto pode se gabar da carreira variada. Ele está no ar com dois personagens bem diferentes: em O Mecanismo, da Netflix, vive Ricardo Bretch (adaptação do empreiteiro Marcelo Odebrecht); já na novela Topíssima, faz Taylor Smith, um químico que produz a droga Veludo Azul --uma espécie de Walter White, de Breaking Bad (2008-2013), com o (baixo) orçamento da Record.
O ator se diverte com a comparação de seu papel na trama de Cristianne Fridman com a atração estrelada por Bryan Cranston. "Claro que eu dei uma olhada em Breaking Bad para fazer Topíssima. Na verdade, eu só revisitei a série, porque já tinha visto antes. Mas a novela não tem esse compromisso... É uma trama das sete, bem mais leve [do que a vencedora do Emmy e do Globo de Ouro]", explica.
Taylor é uma das pontas do triângulo do mal que trafica a Veludo Azul no Brasil. Ele é parceiro do empresário Paulo Roberto (Floriano Peixoto) e do policial corrupto Pedro (Felipe Cardoso). "Nunca tinha trabalhado com os dois, e estou adorando. Todo dia é uma diversão, nós aprontamos todas", adianta Orciollo Netto.
O papel do químico produtor de drogas, inicialmente, seria de Theo Becker. Porém, como Topíssima foi engavetada pela Record, parte do elenco original foi deslocado para a minissérie Lia --Becker ficou com o papel de Labão, pai da mocinha bíblica.
Quando a produção da novela foi retomada, novos atores foram chamados, e Emilio Orciollo Netto acabou ganhando mais um vilão para o currículo.
reprodução/netflix
Emilio Orciollo Netto faz o empreiteiro Ricardo Bretch, de O Mecanismo: vilão mais complexo
Mas quem vir O Mecanismo e Topíssima vai perceber uma diferença na composição dos dois personagens. Na série da Netflix, o ator faz um trabalho mais complexo, e transforma Bretch em uma figura de dar dó --especialmente por causa da relação com o pai, Plínio (Cacá Amaral). Já na Record, a maldade de Taylor é mais direta.
"Acho que as novelas têm uma linguagem mais preto no branco, né? Um vilão é um vilão, não dá para ficar construindo várias camadas [como em O Mecanismo]. O Taylor é um traficante, é mau, não tem muito o que defender. O que eu faço é tentar humanizar, porque todos nós somos humanos, com erros e acertos", justifica.
Sem contrato longo com nenhuma emissora, Orciollo consegue circular bem por Globo e Record, e ainda encaixa o trabalho na plataforma de streaming nos intervalos entre uma novela e outra. Nos últimos três anos, por exemplo, ele esteve em Sol Nascente (2016) e Dois Irmãos (2017), na emissora líder de audiência, e na novela bíblica Apocalipse (2017), da rede de Edir Macedo.
O ator é apenas mais um dos representantes de uma nova realidade do audiovisual brasileiro. Como cada vez mais players estão investindo em produções originais (além da Netflix, canais de TV paga também apresentam séries nacionais), ninguém mais fica "refém" da Globo para trabalhar. E, como Orciollo bem ressalta, produtos diferentes rendem maneiras diferentes de interpretar.
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