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DAVE CHAPPELLE

Comediante faz piada transfóbica na Netflix, e entidade pede censura a stand-up

Divulgação/Netflix

O comediante Dave Chappelle sorri com o microfone na mão no especial de stand-up Encerramento, da Netflix

O comediante Dave Chappelle no especial de stand-up Encerramento, o último de sua carreira

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 6/10/2021 - 22h30

Lançado na terça-feira (5) pela Netflix, o stand-up Encerramento virou alvo de entidades que defendem os direitos LGBTQIA+. Na atração, o comediante Dave Chappelle faz comentários considerados transfóbicos, o que motivou a NBJC (Coalizão Nacional da Justiça Negra, em tradução literal) a solicitar que o streaming tirasse o programa do ar.

Chappelle, considerado um dos principais humoristas de stand-up dos Estados Unidos, prometeu que Encerramento (The Closer, no original) seria seu último especial de comédia. Mas a atração tem tudo para ficar marcada pela controvérsia. Ele é acusado de rebaixar transexuais ao afirmar que "o gênero é um fato", decidido no momento em que a criança nasce.

O comediante também afirma que os órgãos genitais de mulheres trans "não são exatamente o que deveriam ser" e ainda defende a autora J.K. Rowling, da saga Harry Potter, que foi criticada após escrever no Twitter que "pessoas que menstruam" só podem ser mulheres --negando a existência de homens trans, por exemplo.

Por fim, Chappelle se inclui no time das Terfs (sigla em inglês para feministas radicais trans-excludentes) e questiona o motivo de o rapper DaBaby ter sido "cancelado" pelas redes sociais após fazer comentários homofóbicos, mas não quando havia causado a morte de outro músico. "No nosso país, você pode atirar e matar um negro, mas é melhor não ofender os sentimentos de um gay", alfinetou.

A Glaad (sigla em inglês para Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação) expressou sua irritação com Encerramento em seu perfil no Twitter. "A marca [de humor] de Dave Chappelle se tornou sinônimo de ridicularização de pessoas trans e outras comunidades marginalizadas. Análises negativas e a opinião de espectadores que condenam seu último especial devem servir de mensagem para a indústria que o público não apoia mais retóricas anti-LGBTQIA+. Nós concordamos."

Já a NBJC, por meio de uma carta de seu diretor-executivo, David Johns, solicitou que a plataforma de streaming retire o especial do ar o quanto antes. "É decepcionante que a Netflix tenha permitido que a transfobia e a homofobia hostis e preguiçosas de Dave Chappelle fossem ao ar na plataforma."

"2021 caminha para ser o ano com mais mortes registradas de pessoas transgênero nos EUA, a maioria delas negra, a Netflix deveria ser melhor do que isso. Perpetuar a transfobia perpetua a violência. A plataforma deveria tirar o especial do ar imediatamente e pedir desculpa à comunidade trans."

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