Globo ressuscita Linha Direta na TV após ficar sem documentário de Daniella Perez

Programa policial de grande repercussão na Globo entre 1999 e 2007, o Linha Direta voltará à grade da emissora. O projeto para o retorno da atração ainda está em fase inicial e é desenvolvido em sigilo pelo diretor Mariano Boni. A ideia surgiu após o sucesso de séries do gênero true crime, que contam histórias de crimes verdadeiros, como o da morte de Daniella Perez (1970-1992), da HBO Max, e o Caso Evandro, do Globoplay.

Ainda não há detalhes sobre a escolha do novo apresentador, nem se a atração seguirá o mesmo roteiro dos últimos anos em que ficou no ar. A data da estreia também não foi definida. As informações são da colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo.

PRODUÇÃO DO GLOBOPLAY

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O Linha Direta estreou em março de 1990 e mostrou casos criminosos brasileiros em que os suspeitos estavam foragidos pela Justiça. O programa exibia simulações feitas por atores e depoimentos de testemunhas. Essa primeira fase do Linha Direta ficou no ar até julho daquele ano, apresentada por Hélio Costa.

Em 1999 o programa voltou, desta vez sob o comando de Marcelo Rezende (1951-2017). Domingos Meirelles assumiu o Linha Direta em 2002 e permaneceu até o fim da atração, em 2007.

Ao longo de sua exibição, o policialesco contribuiu para a prisão de quase 400 foragidos. Em setembro de 2002, representantes do Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos Humanos afirmaram que a atração era de utilidade pública. O Linha Direta também teve edições especiais sobre casos com elementos sobrenaturais, como o do Edifício Joelma e o da Operação Prato.

O sucesso de séries, documentários e filmes que reproduzem ou mostram investigações de crimes reais tem crescido nos últimos anos. Alguns exemplos são O Caso Evandro (2020), do Globoplay; Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez, da HBO Max; Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime (2021), da Netflix; e também o podcast A Mulher da Casa Abandonada, da Folha de S.Paulo.