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DESOBEDIÊNCIA JUDICIAL

Caso Flávio Bolsonaro: Bonner e Renata Vasconcellos são intimados pela polícia

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Montagem de fotos com o senador Flávio Bolsonaro e o jornalista William Bonner no Jornal Nacional

Proibido de citar investigação contra Flávio Bolsonaro, William Bonner foi intimado pela Polícia Civil

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 4/12/2020 - 13h49
Atualizado em 4/12/2020 - 14h06

Âncoras do Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcellos foram intimados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para prestarem depoimento em uma investigação que apura uma suposta desobediência a decisão judicial por parte da Globo e dos apresentadores.

A pedido dos advogados do senador Flávio Bolsonaro, os telejornais da emissora estão proibidos pela Justiça de mostrarem documentos ou exibirem peças relacionadas às investigações do caso que apura um suposto esquema de "rachadinha" na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

Os mandados de intimação foram noticiados pelo UOL nesta sexta-feira (4). Em nota ao Notícias da TV, a Globo respondeu que não se manifestará "sobre procedimentos legais em curso".

Segundo os documentos obtidos pelo portal, os âncoras têm de comparecer à sede da DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática) na tarde da próxima quarta-feira (9). Além de âncoras, Bonner e Renata desempenham a função de editores do Jornal Nacional --ele como chefe e ela como executiva.

Caso os jornalistas deixem de aparecer no local, data e horário estipulados sem justificativa cometerão "crime de desobediência, previsto no artigo 330 do Código Penal".

O processo contra os jornalistas da Globo foi aberto pela defesa de Flávio Bolsonaro em novembro. Os advogados alegam que o telejornal veiculou, mesmo impedido pela Justiça, informações sobre a investigação que trata do esquema de "rachadinhas".

Flávio Bolsonaro x Globo

Em 4 de setembro, a juíza Cristina Serra Feijó, da 33ª Vara Cível do Rio de Janeiro, acatou uma ação da defesa do filho de Jair Bolsonaro e determinou que a Globo não poderia mostrar documentos sobre os desdobramentos das investigações do Ministério Público sobre o suposto esquema de "rachadinhas" na Alerj.

A justificativa é de que o caso corre em segredo de Justiça. A Globo recorreu da decisão, mas a Justiça manteve a proibição. Desde então, a emissora informa ao telespectador que está proibida de exibir peças relacionadas ao caso e trata a ação como censura.

Entidades de imprensa, como as da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Nacional de Jornais (ANJ), também caracterizaram como censura a decisão judicial contra a Globo.

Em novembro, Flávio Bolsonaro foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e apropriação indébita. Conhecido como "caso Queiroz", a investigação trata da prática de "rachadinha" (quando servidores públicos devolvem parte do salário ao parlamentar), da época em que Flávio Bolsonaro era deputado estadual.


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