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VEM CANTAR!

Cantores desafinados viram estrelas da música em reality de karaokê da Netflix

FOTOS: REPRODUÇÃO/NETFLIX

Cantora com cabelo preto comprido, blusa clara, segurando o microfone enquanto se apresenta no reality Vem Cantar!

A professora Mireia apresenta Rolling in the Deep, de Adele, no terceiro episódio do reality Vem Cantar!

Quando você pensa que a Netflix já transformou todas as bizarrices possíveis em reality shows para o seu catálogo, eis que a gigante do streaming lança o Vem Cantar!, uma competição musical de karaokê que é o puro creme da vergonha alheia, mas tão hipnotizante a ponto de ser maratonada por completo em um único dia.

São pessoas comuns, desafinadas e desajustadas, facilmente encontradas em qualquer um dos inúmeros bares de karaokê da região da Santa Cecília, na zona oeste de São Paulo. Mas todos muito animados e sem vergonha de errar as notas. Pessoas de quem você jamais compraria um CD ou pagaria para ver um show, mas que são tratadas como astros da música quando sobem ao palco da competição.

Assim como The Circle, O Crush Perfeito e Brincando com Fogo, Vem Cantar! é um dos formatos que a Netflix produzirá em diversos países. A versão espanhola foi a primeira a ser lançada, em 24 de julho, com o título ¡A Cantar!, e a alemã é a próxima, nesta sexta-feira (7), batizada com o nome original do reality show, Sing On!. 

A dinâmica é simples: a cada episódio, seis pessoas comuns precisam acertar a maior porcentagem de notas musicais da canção da rodada. O cálculo é feito por um sistema de análise de voz, que faz comparações instantâneas com as versões originais. O percentual de acerto obtido pelo grupo em cada rodada determina o valor em dinheiro que a produção colocará em uma conta coletiva. O saldo final, acumulado em todas as etapas, será o prêmio do vencedor da disputa.

Eliminados sobem para o mezanino e viram backing vocals dos que seguem no reality show Vem Cantar!

Mas ao final de cada cantoria, um participante precisa ser eliminado. O que obteve o maior percentual de acertos ganha imunidade, e os outros votam em quem eles querem que deixe a rodada. Como a proposta do reality é manter o clima de boteco de karaokê, quem deixa a disputa sobe para o mezanino com seu microfone e forma o coral de backing vocals para aqueles que seguem na luta pelo prêmio em dinheiro.

A dinâmica muda um pouco na reta final. Na penúltima rodada, quando restam apenas três cantores, é eliminado aquele que acumular o menor índice de acertos. E na última música, quando restam os dois menos desafinados na disputa, vence o que registrar a maior porcentagem.

O prêmio máximo é de 30 mil euros (aproximadamente R$ 184,5 mil). Mas este valor só seria possível caso todos atingissem com perfeição 100% das notas musicais de todas as rodadas. Alguns presentes extras são distribuídos, como o bônus de 500 euros na segunda rodada ao participante mais performático, e a "nota de ouro", com mil euros para quem atingir uma escala musical pré-definida pela produção. 

Participantes do Vem Cantar! diante da plateia, acompanhando a música no telão ao fundo


Prazer culposo

Vem Cantar! é o que os americanos chamam de guilty pleasure: reúne pessoas normais, que não têm a menor vergonha de desafinar diante das câmeras, todas com o único propósito de se divertir. Há um ou outro que aparece com o foco no dinheiro, mas a maioria está ali para curtir a "vibe" karaokê --sem bebidas alcoólicas.

O apresentador Ricky Merino é a alma do show. Embora seja cantor profissional, ele também solta a voz e desafina diversas vezes nas músicas de abertura dos episódios, mas não perde o rebolado. Merino estimula os participantes a se soltarem e ficarem à vontade no palco, e ainda agita a plateia, que faz um coro perfeito em todas as canções.

Os dois telões, posicionados ao fundo, sobre a plateia, guiam a cantoria. E a playlist é empolgante. Como os participantes são todos espanhóis, alguns não dominam bem o inglês. E na hora de cantarem músicas rápidas e repletas de trava-línguas, como I Will Survive, de Gloria Gaynor, gaguejam e fazem embromações sem descer do salto --assim como os frequentadores de bares de karaokê.

Quem tem a melhor voz nem sempre sai do reality com o prêmio em dinheiro. Isso permite que pessoas que jamais seriam convocadas para participar do The Voice --ou para gravar um disco profissional-- saiam do programa com a conta bancária mais gorda e ainda sejam tratadas como astros da música internacional.

Em tempo: a Netflix avalia o desempenho do formato na Europa e a recepção no Brasil para decidir se produz uma versão local do Sing On!. Confira o trailer:


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