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DUELO DE DETETIVES

Em guerra de Sherlock Holmes, Netflix faz Globoplay comer poeira

DIVULGAÇÃO/BBC e CBS

Montagem com o ator Benedict Cumberbatch à esquerda como Sherlock Holmes em Sherlock e Jonny Lee Miller à direita como Sherlock Holmes em Elementary

Benedict Cumberbatch em Sherlock e Jonny Lee Miller em Elementary: duelo de detetives

DANIEL FARAD

Publicado em 1/8/2020 - 7h00

Os fãs de séries de investigação vão achar "elementar" que a Netflix saia na frente da Globoplay quando o assunto é o detetive Sherlock Holmes. Afinal, ela detém os direitos de exibição da premiada Sherlock (2010-2017), enquanto a concorrente precisa se contentar com a menos inventiva Elementary (2012-2019) em seu catálogo.

As duas produções estão no centro de uma guerra fria entre a britânica BBCe a americana CBS que se arrasta desde o aniversário de 70 anos da morte do escritor Arthur Conan Doyle (1859-1930). Com a entrada das mais de 50 histórias do personagem em domínio público, as duas emissoras correram para trazer as aventuras do membro da Scotland Yard para os dias atuais.

Os ingleses saíram na frente, com o ator Benedict Cumberbatch como protagonista e o roteirista Steven Moffat, de Doctor Who (2005-2015), como showrunner. Elogiada pela crítica por mergulhar na cabeça de Sherlock, um sociopata altamente funcional, a obra conquistou mais indicações ao Emmy do que seu número de capítulos.

Com 13 episódios em quatro temporadas, a minissérie conta com 40 nomeações e nove troféus, com direito à dobradinha nas categorias de atuação para Cumberbatch e Martin Freeman, o intérprete do escudeiro Watson.

Concisa e fiel aos escritos de Conan Doyle, a narrativa não foca apenas nos crimes desvendados pela dupla, mas também em seus traumas e nas relações afetivas. Não há espaço para enrolação, ao contrário de sua "prima" norte-americana.

Briga de família

Com a BBC em seu pé, a CBS arranjou uma maneira criativa para se livrar de processos ao introduzir Lucy Liu como uma das protagonistas de Elementary, em uma versão feminina de John Watson. Ela acompanha e vive às turras com Sherlock, numa atuação sem grandes tropeços de Jonny Lee Miller.

Apesar da inventividade dos roteiristas parar por aí, já que os capítulos seguem a fórmula clássica dos programas policiais de casos resolvidos a cada episódio e com uma trama maior que atravessa toda a temporada, a série é bem-acabada e entretém o público --mas muito longe de ser "brilhante" como a parente europeia.

Com apenas duas indicações ao Emmy, Elementary ainda decepciona os mais preciosistas por tirar o seu título da frase "elementar, meu caro Watson". O bordão sequer existe nos originais e foi uma invenção do filme O Retorno de Sherlock Holmes (1929), um ano antes da morte de Conan Doyle.

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