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RICARDO VILAR

Brasileiro que virou jurado em reality show de cutelaria defende armas na TV

DIVULGAÇÃO/HISTORY

Ricardo Vilar, jurado de Desafio Sob Fogo, do History

Ricardo Vilar, jurado de Desafio Sob Fogo, do History; brasileiro em reality de facas

ELBA KRISS

elba@noticiasdatv.com

Publicado em 2/11/2021 - 6h25

Com competidores fabricando as mais variadas armas, o reality show de cutelaria Desafio Sob Fogo chama a atenção de quem zapeia pela TV paga. O programa do History coloca profissionais da área em uma disputa para ver quem cria as lâminas mais afiadas, o que transforma cada episódio em um show que vai da força ao sangue, com os instrumentos sendo classificados como peças "de matar". Ricardo Vilar, jurado brasileiro da produção, defende os armamentos na televisão.

"É uma aula de história. Jamais temos a intenção de fazer uma aula de cutelaria ou de ensinar as pessoas a fazerem facas assistindo ao programa. A ideia é celebrar o uso da faca e trazer esse conhecimento. Estamos em uma época em que tudo é de altíssima tecnologia, mas não podemos ter a tecnologia se não tivermos o básico de onde começou tudo isso: a ferramenta cortante que o ser humano criou", diz para o Notícias da TV.

Vilar se tornou referência mundial na arte de fazer lâminas quando ganhou um episódio da sétima temporada da versão norte-americana do Desafio Sob Fogo. Em 2020, foi convidado para formar o júri na terceira edição latina ao lado do argentino Mariano Gugliotta, forjador argentino especialista em facas, e do filipino Doug Marcaida, perito em combate corpo a corpo, artes marciais e teórico da evolução das armas de guerra.

O brasileiro acumula mais de 35 anos de experiência na área, é considerado uma eminência na história de armas brancas e atualmente dá aulas como instrutor de cutelaria na Universidade do Arkansas, nos Estados Unidos. Na semana passada, o History estreou a quarta temporada do reality, e Vilar destaca que nos últimos anos a procura pela atração aumentou.

Neste ano, a disputa terá oito participantes vindos da Argentina, Colômbia, Chile, México e Brasil, que classificou três concorrentes. Os brasileiros, aliás, lideram o quadro de campeões por terem vencido as três primeiras edições.

"O que eu acho extremamente relevante é que está havendo esse interesse tão impressionante em uma técnica antiga como o forjamento. O que para mim é curioso, uma vez que vivo disso há 30 anos. Eu e Mariano, por exemplo, somos homens das cavernas que vivíamos em nossas oficinas e ninguém entendia disso. De repente, surge um programa de televisão e isso é exposto para muitas pessoas do mundo", analisa.

"O ponto que liga tudo isso é a faca, a cutelaria. O instrumento com o qual nós estamos lidando. Na minha opinião, é um dos aparatos mais importantes do mundo. Um instrumento que trouxe a humanidade para onde estamos agora", pontua.

Divulgação/History

Juan Pablo Llano, Doug Marcaida, Vilar e Mariano Gugliotta

Juan Pablo Llano, Doug Marcaida, Vilar e Mariano Gugliotta

Desafios letais

Com testes violentos, Desafio Sob Fogo coloca os competidores para fabricarem os mais variados armamentos, como facões, adagas, machados e sabres. Ao final, um teste letal é feito para testar a arma --em pedaços de madeira, alimentos e até carcaças de animais. Vilar defende que o programa é mais do que uma competição para ver qual é faca mais cortante. Para ele, a atração celebra um mecanismo importante da evolução da humanidade.

"Independentemente da sua classe social, você precisa comer. Se você é vegano, carnívoro ou seja qual for a escolha para a sua vida, você precisa de uma faca para se alimentar. Você precisa de lâminas, de tesouras --que nada mais são que duas facas trabalhando juntas-- cortando tecidos para fazer suas vestimentas e se proteger do frio. O instrumento cortante é o que trouxe o ser humano para onde ele está agora", explica.

"O programa é um resgate. Mas, ao mesmo tempo, é simplesmente uma valorização daquilo que o ser humano sempre usou e nunca se atentou a isso. Mesmo que você vá a um fast food e compre sua comida todo santo dia, alguém usou uma faca. Alguém usou um objeto cortante para preparar a comida. Essa condição histórica é impressionante e precisamos manter isso. É isso que fez o programa ser tão importante, e ele está se mantendo, crescendo cada vez mais na audiência", enaltece.

Juan Pablo Llano, apresentador do reality, destaca que por ter instrumentos de luta como protagonistas, a atração tem a segurança quadruplicada em seu set. A equipe, aliás, se gaba de não ter tido um acidente letal nos quatro anos de sua existência.

"A segurança no set é impecável. Obviamente, para Ricardo, Mariano e Doug, o risco no set é muito grande. Trabalhamos com altas temperaturas e armas. Cuidar da equipe e ter segurança é importante. A produção se encarrega das condições de trabalho para não haver um erro. Estamos na quarta temporada e, até o momento, não aconteceu nenhum acidente grave. Isso fala muito sobre quem somos como produção e sobre o que importa: ter um ambiente seguro", finaliza.

A atual temporada dará ao grande vencedor o título de Melhor Forjador da América Latina e o prêmio de US$ 10 mil (R$ 55 mil). Desafio Sob Fogo é exibido toda quinta-feira, às 22h, no History.

Veja publicações de Ricardo Vilar sobre Desafio Sob Fogo:


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