RICARDO VILAR
Fotos: Divulgação/History
O cuteleiro Ricardo Vilar testa faca do Desafio Sob Fogo (à esq.) e posa todo arrumado para foto promocional
Acostumado a forjar e lidar com facas de todos os tipos há mais de 30 anos, o cuteleiro brasileiro Ricardo Vilar precisou encarar uma nova realidade para ser jurado do reality Desafio Sob Fogo Brasil e América Latina: aprender a se portar como um astro da televisão. "Foi difícil, porque não sou alguém de TV. Estou acostumado a receber faísca na cara e, de repente, me pego sentado na cadeira de maquiagem para poder gravar", brinca.
Vilar se tornou referência mundial na arte de fazer lâminas quando ganhou um episódio da sétima temporada da versão norte-americana do Desafio Sob Fogo. Foi convidado para formar o júri da edição latina ao lado do argentino Mariano Gugliotta e de Doug Marcaida, que já era juiz do formato nos Estados Unidos.
Essa mistura de inglês, espanhol e português, tanto na bancada dos julgadores quanto entre os participantes (são oito, sendo quatro brasileiros, um argentino, um colombiano e dois mexicanos), rendeu situações inusitadas ao longo da temporada.
"Era uma Torre de Babel (risos)! O Doug fala um pouco de espanhol, entende bem. E ele tinha um tradutor falando do português pro inglês no ponto, mas 99% das vezes não funcionava. Então eu tinha que falar meu texto duas vezes, primeiro em português para a gravação, depois em inglês para ele reagir. E aí ele respondia em espanhol! Foi bem curioso e muito divertido", lembra Vilar ao Notícias da TV.
Além da mistura de idiomas e da dificuldade de se portar diante das câmeras, o brasileiro de 48 anos ainda encontrou mais um desafio como jurado: não dar dicas aos participantes.
"Eu tinha que tomar muito cuidado porque estava ali, vendo os competidores fazendo algumas coisas e pensando: 'Vai dar errado, não faça isso!'. E tinha que me controlar, porque não podia dizer nada. Uma palavra poderia mudar todo o jogo", lembra.
Como alguém que já esteve do outro lado do reality como participante, ele se identifica com os dramas vividos por aqueles que depois terá de avaliar. "Foi difícil essa transição porque sou mais de fazer do que de julgar, prefiro estar com a mão na massa do que dizer se a pessoa fez certo ou errado", justifica.
Ele também sabe muito bem os problemas que os cuteleiros enfrentam no programa. "Todos os desafios são extremamente difíceis, e três horas para fazer uma peça não é muito tempo, não dá para refazer. Se você chega a um beco sem saída, tem que escalar aquela parede, pular em cima do telhado, achar outro caminho. Sei lá o que você vai fazer, mas tem que tomar uma decisão imediata."
Os episódios inéditos do Desafio Sob Fogo Brasil e América Latina são exibidos todas as quintas-feiras, às 23h, no History. No próximo capítulo, que vai ao ar no dia 17, os competidores terão de usar cabos de aço para forjar uma faca de anel celta, com materiais orgânicos e sem rebites. Vilar e os outros jurados avaliarão a resistência das lâminas contra um material semelhante a um crânio de animal.
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