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JORNALISTAS AGREDIDOS

Bonner aplica sermão em Jair Bolsonaro no Jornal Nacional: 'Injustificável'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

William Bonner no cenário do Jornal Nacional, da Globo, nesta terça-feira (14)

William Bonner no comando do Jornal Nacional desta terça-feira (14): ele leu nota contra o presidente

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 14/12/2021 - 21h31

No Jornal Nacional desta terça-feira (14), William Bonner condenou uma declaração de Jair Bolsonaro sobre a agressão contra jornalistas que acompanhavam um evento do presidente na Bahia no último fim de semana. Segundo o político, os profissionais poderiam estar mentindo. Em nota lida pelo âncora, a Globo aplicou um sermão no chefe do Executivo.

"O presidente Jair Bolsonaro se manifestou hoje sobre agressões de seguranças da presidência a jornalistas da TV Bahia, afiliada da Globo, e da TV Aratu, afiliada do SBT, durante a viagem dele à Bahia. As agressões foram anteontem, domingo", começou Bonner.

"Em conversa com apoiadores, publicada com cortes por um site de apoiadores na internet, o presidente Bolsonaro não apenas não condenou a atitude dos seguranças que agrediram os repórteres como ainda acusou os jornalistas, sem provas, de mentir", disse o jornalista.

A conversa do presidente aconteceu no "cercadinho" do Palácio da Alvorada, onde ele costuma conversar com apoiadores. Nesta terça (14), o político chegou a debochar de Bonner ao sugerir, também sem informações confiáveis, que o âncora do Jornal Nacional sofreu uma redução salarial. "Vamos dar uma vaquinha para dar uma força aí?", sugeriu Bolsonaro.

O funcionário da Globo, obviamente, não comentou a provocação no telejornal, mas a nota sobre a agressão contra jornalistas foi encerrada com um tom de bronca. "A Globo se solidariza com os jornalistas. Dessa vez, por terem as suas palavras postas em dúvida, de maneira injustificável", finalizou.

No domingo (12), quando as agressões aconteceram, a Globo já havia soltado uma nota em tom incisivo no Fantástico. "É escandalosa a atitude da presidência de deixar jornalistas à própria sorte em meio a apoiadores fanáticos, que são insuflados quase diariamente pelo próprio presidente em sua retórica contra o trabalho da imprensa. Frente aos evidentes e graves riscos enfrentados por repórteres de todos os veículos, é urgente que o Judiciário se pronuncie", defendeu Poliana Abritta.


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