Bolsonaro assume que é 'tosco' na comunicação: 'Não dá para mudar'

Jair Bolsonaro (PL) assumiu que tem atitudes "toscas" em sua estratégia de comunicação. Nesta sexta (26), o político argumentou que foi criado dessa maneira pelos familiares e que até tenta se monitorar para não cometer gafes, mas que "não dá para mudar".

"O senhor acha também que, principalmente durante a pandemia, podia ter mudado um pouco a questão do tom para comunicação? Acha que poderia ter sido um comunicador melhor?", indagou Rodrigo Constantino, e o presidente logo rebateu: "Não sou comunicador".

"Eu sou um cara meio tosco! Vou negar para você? Não dá para mudar! Procuro me policiar na maneira de falar mas, por exemplo, estava morrendo gente [na pandemia]. Estavam impedindo médicos de exercerem sua liberdade para receitarem aquilo que eles achavam melhor para você. Os médicos que falassem naquele dois remédios lá podiam perder seus registros", prosseguiu o presidente ao citar o Kit-Covid, composto por remédios ineficazes no tratamento da doença. 

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Durante entrevista ao Pânico, da Jovem Pan, Bolsonaro recordou a sabatina do Jornal Nacional de 2018, quando disse que William Bonner ganhava mais do que Renata Vasconcellos. "Faltou perguntar para a Renata se ela entrou na Justiça para ou se já foi igualado o salário. Tenho certeza que não", argumentou o chefe do Executivo.

O comediante Rogerio Morgado questionou se faltou alguma pergunta dos âncoras da Globo para Bolsonaro na sabatina realizada na segunda (22).

"Não falaram em Pix, Auxílio Brasil, preço dos combustíveis. Ia buscar lateralmente responder isso aí. Só seria a sessão pancada, nada além disso. Agora, a Globo tem um candidato, é o Lula. Tá na cara, só não enxerga que não quer", defendeu o governante.

Assista a entrevista na íntegra: