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ERNESTO RODRIGUES

Autor de biografia do Senna entrega como namoro com Galisteu mudou piloto

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Ernesto Rodrigues no Mais Você

Ernesto Rodrigues no Mais Você; autor de biografia do Senna falou sobre namoro com Galisteu

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 7/6/2024 - 12h21

Autor de Ayrton: O Herói Revelado (2004), Ernesto Rodrigues falou em entrevista ao Mais Você sobre a importância de Adriane Galisteu na vida de Ayrton Senna (1960-1994). O escritor afirmou que a apresentadora chegou na vida do piloto em um momento diferente e fez com que ele se tornasse uma pessoa muito mais tranquila. "Todo mundo percebeu que ele ficou mais relaxado", declarou.

Rodrigues relembrou a vida amorosa de Senna brevemente. "Eu nomearia quatro namoradas principais, além da primeira que eu citei, a Lilian. Teve outra Adriane, que ele namorou ela jovem, adolescente, manteve o namoro enquanto ia para a Europa. Teve a Xuxa, e uma terceira, a Cristina Ferrati, que ele namorou no período entre Xuxa e Galisteu. Viajou muito com ele, mas [falou] 'não é a vida que eu quero'", contou.

"E teve a Adriane [Galisteu], que foi um momento diferente da vida do Ayrton, não que ele tenha rompido com a família, o livro não fala isso, e jamais falaria isso, mas foi um momento de emancipação dele. Todo mundo que convivia com ele percebeu que ele ficou mais relaxado", declarou o escritor.

Luís Roberto, jornalista que cobria a carreira de Senna na época pela rádio CBN, afirmou que houve dois momentos em que teve certeza de que o piloto estava apaixonado por Galisteu.

"No GP de Mônaco de 1993, a Adriane vai para Mônaco. Mônaco tem treino quinta, sexta-feira é folga, e o Ayrton tem uma batida na primeira curva depois da avenida principal. Ele bate a mão esquerda, o Ayrton era canhoto para quem não sabe", começou ele.

"Na quinta-feira, a gente foi para o autódromo porque a gente precisava ter notícia do Ayrton --não era como hoje, que você manda um WhatsApp. Quando a gente estava esperando o Ayrton, ele chega nessa vespinha com a Adriane, e diferente de todas as vezes, por acaso fui eu que perguntei: ‘E a mão?’. Ele era muito profissional, mas falou: ‘A esquerdinha? A esquerdinha tá ótima’. E fez um carinho na Adriane. Foi meio que: 'Essa é minha mulher agora'", relembrou.

"Depois dessa corrida, essa passagem me emociona, porque era o Ayrton gente", declarou ele. Com outros jornalistas, Luís Roberto foi ao aeroporto de Paris para pegar o primeiro voo de volta para o Brasil e presenciou um momento de paixão entre o casal.

"Na sala de embarque, aguardando um voo da antiga Varig, quando a gente olha pelo vidro, tem um avião, que é o avião do Ayrton. Ele tinha levado para o [aeroporto] Charles de Gaulle o Galvão [Bueno]. O Galvão desembarca, ele e a Adriane descem do avião, dão tchau para o Galvão, o Galvão caminha no sentido do embarque, e os dois ficam na escadinha do avião do Ayrton abraçados", relatou.

"A gente fica contemplando aquilo, e eu lembro que os comentários eram: 'Gente, isso é paixão mesmo. Ele gosta da Adriane, está apaixonado'. Então eu aguardo essa imagem com um carinho enorme, é uma imagem de amor", declarou o jornalista.

Ernesto Rodrigues resumiu o namoro de Senna com Galisteu como um momento em que o piloto abriu mão das tensões que vivia no dia a dia. "Ele deu uma relaxada, sem deixar de ser aquele demônio na pista", pontuou.

"Eram 24 horas, sete dias por semana trabalhando alucinado. Mas era um momento muito especial", complementou Luís Roberto.


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