A culpa é das estrelas?
Reprodução/TV Globo
Gloria Pires é Beatriz em Babilônia; novela da Globo tem pior audiência da história às 21h
PAULO PACHECO
Publicado em 6/4/2015 - 5h30
Às vésperas de completar 50 anos, a Globo está está vivendo seu "inferno astral". Na pior crise de audiência às 21h dos últimos tempos, Babilônia, com três semanas no ar, amarga 26,3 pontos na Grande São Paulo e está passando por mudanças, como a eliminação da trama de prostituição da personagem de Sophie Charlotte. Babilônia não é a primeira trama no horário nobre a preocupar a emissora perto do aniversário. Suave Veneno (1999) e América (2005), por exemplo, também estragaram a festa da Globo. A "culpa" pode ser das estrelas, segundo o guia espiritual André Mantovani, especialista em astrologia, tarô e numerologia.
"Quando entramos em um ano novo, temos um ganho extra de energia. No final do ciclo, entre um mês e meio e dois meses antes do aniversário, há o inferno astral, quando há falta de energia para enfrentar os desafios daquele ano. As pessoas costumam falar que acontecem coisas ruins nesse período", explica Mantovani, que alerta: "A Globo não deveria lançar a programação entre março e abril".
De acordo com o guia espiritual, a numerologia indica que a Globo conseguirá recuperar a audiência de Babilônia. Nascida em 26 de abril de 1965, a Globo entrará em 2015 no ano 11 (somando os algarismos da data de nascimento).
"[O 11] é um número mágico. Acredito que neste ano a Globo conseguirá superar muitas dificuldades que ele vem passando nos últimos tempos. O 11 é um número inspirador, das grandes ideias", prevê Mantovani.
Relembre outras novelas que estragaram o aniversário da Globo:
Gabriel Braga Nunes e Bruna Marquezine em Em Família (Foto: Estevam Avellar/TV Globo)
Em Família (2014)
A última novela de Manoel Carlos estreou em fevereiro de 2014 e teve o pior início de uma trama das 21h (antes de Babilônia). A Globo teve de relançar a trama com personagens chorando em chamadas, agilizou a edição e inseriu cenas de sexo com Bruna Marquezine. A audiência não decolou e terminou com o pior desempenho de todos os tempos.
Deborah Secco e Murilo Benício em América (Foto: João Miguel Júnior/TV Globo)
América (2005)
A novela de Gloria Perez estreou em março de 2005 e chegou ao fundo do poço (37 pontos, recorde negativo) a uma semana da festa de 40 anos da Globo. Brigas entre a autora e o diretor Jayme Monjardim esquentaram o clima nos bastidores, e ele foi substituído por Marcos Schechtman. Sob novo comando, a novela ganhou nova abertura, os atores gritaram menos e a protagonista Sol (Deborah Secco) ficou menos chorona. Deu resultado, e a trama ultrapassou 70 pontos no último capítulo.
Diogo Vilela e Luiz Carlos Tourinho em Suave Veneno (Foto: Nelson Di Rago/TV Globo)
Suave Veneno (1999)
Numa época em que as novelas da Globo costumavam dar 50 pontos no Ibope, Suave Veneno (1999) teve um início pífio (36 pontos). A novela estreou em janeiro de 1999, porém, mesmo com as reviravoltas na história a cada mês, a baixa audiência se estendeu até o final da trama. A crise foi tão grande que o autor, Aguinaldo Silva, chegou a anunciar que seria a sua penúltima novela, o que não aconteceu.
Marcos Winter e Cristiana Oliveira em Pantanal (Foto: Reprodução)
Pantanal (1990)
A novela não é da Globo (foi exibida pela extinta Manchete), mas preocupou os executivos às vésperas do aniversário de 25 anos da emissora. A trama de Benedito Ruy Barbosa estreou em março de 1990 e, em duas semanas, já era líder. Desesperada, a Globo mexeu na grade e trocou programas, sem sucesso. Pantanal terminou em dezembro com impressionantes 41 pontos, contra 21 da concorrente.
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