Não dá mais
Divulgação/SBT
Arlindo Grund e Isabella Fiorentino no cenário do Esquadrão da Moda, que completa dez anos no SBT
FERNANDA LOPES
Publicado em 30/3/2019 - 5h55
Após encararem muita breguice das participantes, os apresentadores do Esquadrão da Moda estão fartos de verem certas peças de roupa que sempre aparecem no programa. Isabella Fiorentino e Arlindo Grund, que neste mês completam dez anos no comando da atração do SBT, ajudam mulheres a se vestirem melhor e são categóricos ao escolherem a pior roupa que elas usam.
"Calça de cintura baixa, pelo amor de Deus. É a pior coisa do mundo, porque deforma o corpo da mulher, do homem também. Nos anos 1990, as Spice Girls chegaram com aquelas calças de cintura baixíssima, colocavam aquelas botas 'quebra pé' de borracha enormes. A bota e a calça acabam deformando a médio e longo prazo o corpo da mulher. Essa calça [as participantes] sempre têm", explica Grund.
Isabella também lembra de outra peça de roupa que lhe dá arrepios. "Aquele body de lycra, colado, cheio de strass, de brilho, [com amarração que] parece um jogo da velha nas costas, acho aquilo de um mau gosto extremo", afirma.
Mesmo assim, ainda há muitas mulheres que acham essas roupas lindas e chegam ao programa muto irritadas por terem sido consideradas mal vestidas. Para Isabella e Grund, uma das graças do Esquadrão da Moda é o embate com a participante, que traz elementos novos e entretenimento ao programa.
"O mais legal são as relutantes, aquelas que brigam com o cúmplice [pessoa que indica a participante ao programa], não aceitam nada do que a gente falou. Mas aos poucos começam a gostar da consultoria, e na hora que vão às compras e sentem no corpo um look menos vulgar, elas enxergam. Falam: 'Só agora entendo como é importante a gente entender nosso corpo, o que fica bem pra a gente'", diz Isabella.
A cada episódio do Esquadrão da Moda, uma mulher é "denunciada" por um amigo ou parente por se vestir mal, e a produção passa duas semanas captando imagens dela, sem que ela veja. Uma regra imprescindível do programa é que a participante não saiba da denúncia. Só uma vez uma mulher quis enganar a equipe e armar para ser personagem do Esquadrão, mas se deu mal.
"A gente abordou a mãe, que foi indicada pela filha. Quando acabou a gravação, a mãe disse: 'Conseguimos enganar eles'. Só que elas não sabiam que o microfone estava aberto. Nós nos reunimos e decidimos continuar o programa", conta Grund.
"Tratamos ela de uma maneira diferente, muito fria, e no fim revelamos que sabíamos disso tudo, pra dar o recado pra quem tá em casa que não tentem armar para a gente, porque a gente descobre sim. Essa mulher ficou muito constrangida, a filha dela ficou mais ainda, mas o recado é esse", lembra.
Apesar desse caso, Grund e Isabella acreditam que a maior parte das mulheres chega aos estúdios do SBT realmente sem noção de estilo. Além da consultoria, eles dizem que prestam quase que um serviço de psicólogos, para ajudar a participante nas demandas da vida dela. Tudo porque a eficácia do programa também depende da elevação da autoestima das mulheres.
"A gente mede o sucesso do programa pelo desempenho da participante. Eu e o Arlindo falamos as mesmas coisas há dez anos de formas diferentes, mas o que prende o público é o desempenho da participante. Acho que é isso que traz uma vontade de não querer mudar de canal pra ver o que vai dar", diz Isabella.
O Esquadrão da Moda vai ao ar aos sábados, às 21h15, no SBT.
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