BUSCA E APREENSÃO
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Sérgio Reis em foto publicada nas redes sociais; cantor virou alvo de operação da Polícia Federal
Após convocar uma passeata para acionar o Exército e ter um áudio vazado com planos de afastar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Sérgio Reis virou alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (20). O deputado federal Otoni de Paula (PSC) é investigado na mesma operação.
Ao todo, foram 13 mandatos expedidos pelo próprio STF e autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes. Os agentes da Polícia Federal foram a 29 endereços ligados ao cantor no Distrito Federal, além de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Ceará e Paraná.
"O objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes", afirmou a PF, em nota enviada à imprensa.
Em áudio vazado, a Polícia Federal identificou por parte de Reis e de Paula ameaças de agressão ao STF e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM). As investigações envolvem também alguns empresários e o sindicalista Wallace Landim, conhecido como Chorão.
O vazamento aconteceu menos de uma semana após o sertanejo avisar que convocou caminhoneiros e agricultores para uma passeata em Brasília, no início de setembro, com o objetivo de pedir ações de Jair Bolsonaro e do Exército em relação ao governo. Sérgio chegou a ser desmentido por líderes dos caminhoneiros, que desconhecem a ação.
Após as declarações, o sertanejo afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, que estava arrependido de convocar a passeata e ficou muito triste com a repercussão negativa, mas continuou defendendo manifestações contra o STF. "Eu não tenho medo de ser preso. Não sou frouxo. Não sou mulher. Cadeia é para homem", declarou o veterano.
Esta não é a primeira vez que o cantor usa ameaças agressivas contra políticos e autoridades. Em abril deste ano, ele falou em bater em João Dória e Bruno Covas (1980-2021) em protesto contra as restrições impostas para conter o avanço da pandemia da Covid-19.
Em suas redes sociais, o deputado Otoni afirmou que não deve nada a ninguém e não tem nada a esconder, além de chamar Moraes de "tirano". Sérgio Reis ainda não se pronunciou sobre o caso.
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