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LUTO

Após 12 dias internada, atriz Daisy Lúcidi morre com Covid-19 aos 90 anos

Márcio de Souza/TV Globo

Imagem de Daisy Lúcidi

Daisy Lúcidi morreu nesta quinta-feira (7) com coronavírus no Rio de Janeiro aos 90 anos

REDAÇÃO

Publicado em 7/5/2020 - 8h10

Após ficar 12 dias internada com coronavírus (Covid-19), a atriz e radialista Daisy Lúcidi morreu na madrugada desta quinta-feira (7). Aos 90 anos, ela respirava por aparelhos e estava em estado grave na UTI do hospital São Lucas, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, desde 25 de abril. A atriz tinha mais de 70 anos de carreira artística.

Na manhã de hoje, Cau Mendes, um dos netos de Daisy, postou em sua rede social um texto em homenagem à avó para anunciar que ela não resistiu à doença. "Nesse momento de dor para tanta gente no mundo e tão triste também para nossa família, nos confortamos em saber que ela teve uma vida plena e feliz, cheia de amor, vitórias e realizações, e que seu legado sempre estará presente entre nós!", escreveu ele em seu Facebook.

"Queremos agradecer a atenção dispensada a ela por toda imprensa do país e principalmente aos amigos e fãs de todo Brasil que nos mandaram tantas mensagens positivas e fizeram tantas correntes de oração. Muito obrigado a todos do fundo do coração. Se cuidem, fiquem em casa se possível!", aconselhou.

No último sábado (2), ele havia feito um apelo para que fãs e amigos rezassem pela saúde da atriz. "Gostaria, em nome da família, de pedir a todos os amigos e fãs da minha avó, Daisy Lúcidi, que mandem boas vibrações para que ela consiga se recuperar dessa terrível Covid-19. No momento, ela se encontra em estado grave, mas com situação clínica estável, respirando por aparelhos no CTI do Hospital São Lucas. Pedimos orações a todos, temos esperança!", pediu.

O hospital divulgou um boletim com detalhes da morte da artista. "É com pesar que o Hospital São Lucas Copacabana confirma o óbito da paciente Daisy Lúcidi, de 90 anos, hoje, dia 7 de maio de 2020, às 3h20, por complicações decorrentes da infecção por Covid-19. A paciente estava internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI), desde o dia 25/04/2020. O hospital se solidariza com a família e os amigos nesse momento de dor."

Paixão pelo rádio

Daisy nasceu em 10 de agosto de 1929 e fez sua estreia no rádio com apenas seis anos de idade, declamando poemas. Em 1941, integrou o elenco infantil da Rádio Tupi e acompanhou a estreia da Rádio Globo em 1944, onde passou a fazer parte da equipe de atores de rádionovelas e conheceu seu companheiro, o jornalista esportivo Luiz Mendes (1924-2011), com quem ficou casada durante 64 anos.

A atuação de Daisy chamou a atenção da Rádio Nacional, a emissora mais importante da época, que a convidou para seu time de estrelas em 1953. Lá, participou de séries e novelas de sucesso que mais tarde foram adaptadas por Janete Clair para a Globo.

Foi justamente em uma minissérie dirigida pela autora que Daisy fez sua estreia na televisão, em 1960, na extinta TV Rio. Sua primeira novela na Globo foi O Homem Proibido, sete anos depois. Ela também atuou em sucessos como Supermanoela (1974), Bravo (1975) e O Casarão (1976).

Embora tenha se firmado como atriz no cinema, teatro e televisão, foi no rádio a sua maior atuação. Depois de se consagrar nas radionovelas, em 1971 passou a comandar seu próprio programa, o Alô, Daisy. A atração ficou no ar durante 46 anos na Rádio Nacional do Rio e denunciava problemas do cotidiano na cidade carioca. Lúcidi costumava dizer que o rádio era sua verdadeira paixão.

Carreira política e volta para a TV

Ainda na década de 70, Daisy deixou a carreira televisiva de lado para se dedicar à política por insistência de Lygia Lessa Bastos, então deputada federal. A artista foi vereadora e deputada estadual pelo Rio de Janeiro durante 18 anos. 

Com isso, a atriz ficou afastada da TV entre 1976 e 2007, quando retornou diretamente para a Globo com um papel em Paraíso Tropical (2007). Nos últimos anos, ainda atuou em Passione (2010), Tapas & beijos (2013), Geração Brasil (2014), Babilônia (2015) e Os Homens São de Marte... E É pra Lá que Eu Vou (2015), seu trabalho mais recente.

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