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FIM DO CONTRATO

Alexandre Garcia é demitido da CNN após defender 'tratamento precoce' da Covid

REPRODUÇÃO/CNN BRASIL

Alexandre olha para a câmera, veste camiseta branca e terno marrom

Alexandre Garcia foi demitido da CNN Brasil nesta sexta-feira (24) por opinião negacionista

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 24/9/2021 - 20h00
Atualizado em 24/9/2021 - 22h39

Alexandre Garcia foi demitido da CNN Brasil nesta sexta-feira (24). O contrato do jornalista chegou ao fim após ele afirmar, mais uma vez, que a Covid-19 pode ser tratada precocemente por meio de medicamentos sem eficácia comprovada. O comunicador havia sido contratado pelo canal em julho de 2020. 

A informação sobre o desligamento de Garcia foi divulgada pelo canal por meio de uma nota enviada à imprensa.

"A decisão foi tomada após o comentarista reiterar a defesa do tratamento precoce contra a Covid-19 com o uso de medicamentos sem eficácia comprovada. O quadro Liberdade de Opinião continuará na programação da emissora, dentro do jornal Novo Dia. A CNN Brasil reforça seu compromisso com os fatos e a pluralidade de opiniões, pilares da democracia e do bom jornalismo", declarou a CNN Brasil.

Após a divulgação do comunicado, Garcia publicou um tuíte no qual convida os telespectadores a acompanharem seu trabalho nas redes sociais. "Você que me acompanhava todos os dias só no Liberdade de Opinião da CNN, agora pode continuar me seguindo diariamente no meu canal do YouTube. Seja muito bem-vindo!", disse o jornalista no Twitter.

A demissão do jornalista aconteceu após ele comentar sobre denúncias feitas contra a operadora de saúde Prevent Senior, acusada de assediar médicos com o objetivo de incentivar o uso de medicamentos sem comprovação para o combate do coronavírus. 

Durante o Liberdade de Opinião, Alexandre voltou a defender o "tratamento precoce": "Os tais remédios sem eficácia comprovada salvaram milhares de vidas sendo aplicados imediatamente, mesmo antes do resultado do teste. É na fase 1, na fase 2 às vezes evitam hospitalizações. Na fase 1 sempre evitam hospitalizações, sempre evitam sofrimento", afirmou ele. 

No mês passado, o jornalista já havia sido criticado por uma fala negacionista quando assegurou que crianças e adolescentes abaixo de 18 anos não precisavam se vacinar contra a Covid-19.  A âncora do CNN Novo Dia, Elisa Veeck, tinha questionado o comentarista sobre a recusa da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em liberar a Coronavac para aplicação em crianças e adultos e teve de corrigir a falsa informação que ele tentou passar.

A jornalista rebateu os comentários do colega de empresa logo após a conclusão do Liberdade de Opinião. Para esclarecer a desinformação transmitida por Garcia, a emissora entrou em contato com o infectologista e presidente da Sociedade Brasileira e Imunizações, Renato Kfouri.

"Segundo o médico, à medida que se previne mortes em adultos e idosos, os casos de hospitalização considerados graves serão entre os não vacinados. Ou seja, a proporção maior de casos graves irá acometer as pessoas que não tomarem a vacina. No caso das crianças, que eram de 0,35%, poderão, sem a vacina, chegar a 15%", explicou Elisa na ocasião.

Confira os tuítes:


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