ESCÂNDALO RELIGIOSO
REPRODUÇÃO/REDE VIDA
Missa do Divino Pai Eterno, transmitida pelo canal religioso Rede Vida, com o padre Robson: afastado da TV
REDAÇÃO
Publicado em 28/8/2020 - 11h38
Acusado de desvio e lavagem de dinheiro de doações de inúmeros fiéis, o padre Robson, apresentador da Rede Vida, foi proibido pela Arquidiocese de Goiânia de aparecer na TV sob qualquer circunstância. No programa Divino Pai Eterno, o religioso fazia reflexões a partir de trechos da bíblia, mas agora está afastado do trabalho desde que começou a ser investigado pelo Ministério Público de Goiás.
A operação Vendilhões, deflagrada no dia 21 de agosto, fez buscas e apreensão em vários imóveis ligados a Robson, que teria comprado diversas fazendas, aviões e casas usando a verba destinada à construção de uma basílica em Trindade, no estado goiano. Apresentador de missas promovidas pela Rede Vida, o padre deve ficar fora de qualquer transmissão de TV, rádio e internet até, pelo menos, dia 23 de janeiro de 2021. As informações são do jornal Extra.
"A denúncia está causando escândalo entre os fiéis, está prejudicando a vida pastoral do Santuário do Divino Pai Eterno, a comunhão eclesial e a boa reputação do próprio sacerdote", diz um trecho da limitação do exercício ministerial expedida pela Arquidiocese de Goiânia.
A medida foi tomada com o intuito de preservar a imagem da igreja local, além de amenizar a crise protagonizada por Robson, que também foi proibido de dar entrevistas para veículos da imprensa. No domingo (23), o sacerdote conversou com a reportagem do Fantástico, da Globo, e se defendeu das acusações.
A proibição de representar a Igreja também impede o padre de celebrar missas e de usar o hábito eclesiástico. Desde seu afastamento, a Rede Vida tem feito um rodízio de padres na apresentação do programa para substituir Robson. O Notícias da TV tentou contato com o canal, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Padre Robson é suspeito de falsificação de documentos, sonegação fiscal, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Ele virou alvo de investigação do Ministerio Público após o próprio denunciar que estava sofrendo chantagem de hackers. As autoridades acharam suspeito um padre conseguir movimentar facilmente cerca de R$ 2,9 milhões. Um dos hackers, inclusive, é apontado como um affair do católico.
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