HISTÓRIA NA TV
GUILHERME AZEVEDO/TV GLOBO
Alfredo (Nicolas Prattes), Lúcio (Jhona Burjack) e Tião (Izak Dahora) em Éramos Seis: cenas de guerra
DANIEL FARAD
Publicado em 9/7/2020 - 6h55
O dia 9 de Julho é tão importante para o Estado de São Paulo que virou feriado, além de uma avenida e um túnel na capital. A data foi instituída em memória dos combatentes da Revolução de 1932, em que as tropas paulistas enfrentaram os soldados de Getúlio Vargas (1882-1954) para promulgar uma nova Constituição --um momento conturbado da História que inspirou novelas e séries.
O conflito foi a primeira grande revolta contra o governo getulista, instituído dois anos antes, e se transformou em uma das principais guerras civis do Brasil durante o século 20. As batalhas e a tensão da época são contadas em produções como O Casarão (1976), em que o confronto armado ajudou a separar os protagonistas João (Gracindo Júnior) e Carolina (Sandra Barsotti).
O autor Benedito Ruy Barbosa também incluiu as lutas em Os Imigrantes (1981), na Bandeirantes, que se estendeu por 459 capítulos. Na minissérie JK (2006), o futuro presidente, então interpretado por Wagner Moura, foi um dos médicos que cuidou dos combatentes feridos nas trincheiras.
Relembre outras tramas que abordaram a Revolução de 1932:
GUILHERME AZEVEDO/TV GLOBO
Os amigos Alfredo (Nicolas Prattes) e Tião (Izak Dahora) em combate militar em Éramos Seis
As vidas de dona Lola e dos seus quatro filhos foram alteradas pela Revolução de 1932 em todas as versões de Éramos Seis, seguindo à risca os acontecimentos da obra original de Maria José Dupré (1896-1984). Em 2019, a matriarca interpretada por Gloria Pires perdeu tragicamente um dos herdeiros e ainda rezou para que outro voltasse intacto do front da guerra.
Carlos (Danilo Mesquita) morreu após ser atingido por uma bala perdida em uma das manifestações que antecederam os acontecimentos. A catástrofe fez Alfredo (Nicolas Prattes) se alistar no Exército para lutar nas barricadas em Itapetininga.
Em dez capítulos, o folhetim mostrou o personagem de Nicolas Prattes chorar pelo aniquilamento de seus amigos e ainda voltar derrotado para a casa da mãe.
GIANNE CARVALHO/TV GLOBo
Nina (Maria Fernanda Cândido) e José Manoel (Nuno Lopes) em Esperança: amor na guerra
Benedito Ruy Barbosa voltou ao período histórico em Esperança (2003) com o drama de Nina (Maria Fernanda Cândido). A operária se oferece com enfermeira no front da guerra, onde acaba se apaixonado pelo português José Manoel (Nuno Lopes) após salvá-lo da morte. O romance deu tão certo que a atriz ofuscou a protagonista de Priscila Fantin numa novela que a Globo prefere esquecer.
DIVULGAÇÃO/TV GLOBO
Bernardo (Daniel de Olivieira) com a bandeira em comício pró-Constituinte em Um Só Coração
A minissérie de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira misturou realidade e ficção ao contar a trajetória dos estudantes Miragaia (Rodrigo Penna), Mário (Theodoro Cochrane), Dráusio (Marco Pigossi) e Camargo (Leonardo Torloni). Os rapazes realmente existiram e foram mortos em um comício pró-Constituinte na Praça da Sé, no centro de São Paulo.
As iniciais dos quatro discentes formam a sigla MMDC, que se tornou um símbolo da revolução e hoje em dia também dá nome a uma rua no bairro do Butantã, também na capital paulista.
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