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Venda de televisores dispara, e consumidor troca tubo por tela fina

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TVs de plasma venderam três vezes mais do que em 2013, em parte por conta do Mundial de futebol - Reprodução

TVs de plasma venderam três vezes mais do que em 2013, em parte por conta do Mundial de futebol

EDUARDO BONJOCH

Publicado em 26/8/2014 - 12h51
Atualizado em 28/8/2014 - 15h57

Impulsionadas pela Copa do Mundo, as vendas de TVs no Brasil cresceram 46,4% no primeiro semestre de 2014 em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo levantamento do instituto GfK. Fontes na indústria revelam que, de janeiro a junho, a venda total de TVs ficou em torno de 7 milhões de unidades, o que corresponde a quase 50% do total de televisores fabricados em 2013. O consumidor brasileiro está trocando televisores de tubo por aparelhos de tela fina, com melhor resolução, segundo fabricantes.

Na comparação direta com o primeiro semestre de 2010, período que também envolvia o mesmo cenário de Copa, o aumento nas vendas de TVs foi ainda maior: chegou a 73%. Para o segundo semestre de 2014, as expectativas também são otimistas. A indústria espera um crescimento anual de 15% a 20%, mesmo considerando as eleições e as variações na economia.

Plasma vendeu três vezes mais

As telas finas dominaram o ranking do semestre. Preferidas entre os consumidores, as TVs de LED representaram 83,6% das vendas. As vendas de TVs de tubo não ultrapassaram 1% no período. 

Com 15,6% do mercado, as TVs de plasma venderam três vezes mais do que no mesmo período de 2013. Embora defasados na resolução e nos recursos, os modelos mais vendidos da categoria chamaram a atenção do consumidor com suas telas de 42 a 50 polegadas e custo até 40% inferior ao das TVs de LED de mesmo tamanho. Por outro lado, estão se despedindo do mercado até o final do ano. As TVs LCD somaram menos de 1% das vendas na categoria de telas finas.

O foco do consumidor também mudou. A compra de televisores com telas a partir de 46 polegadas cresceu 38% de janeiro a junho de 2014 em relação ao mesmo período do ano anterior.

Preço das TVs menores não deve cair

Segundo os fabricantes, os picos de vendas de TVs no 2º semestre se concentram em duas datas: a Black Friday, no final de novembro, e o Natal. Mas os preços das TVs mais procuradas pelo consumidor, que são modelos de 32 a 40 polegadas, não deve mudar muito.

“É inviável vender uma TV de 32 polegadas por menos de R$ 1.000”, garante Luciano Bottura, gerente de comunicação e marketing da Sony. “Quando o valor está abaixo dos R$ 1.000, a promoção parte do varejo, mas não reflete a realidade”, afirma Rogério Molina, gerente-geral de TVs da LG.

São as chamadas “queimas de estoque”, muito comuns durante o período de Copa. Passado o Mundial, os estoques das lojas diminuíram e o preço dos televisores se manteve ou, em alguns casos, até voltou ao valor anterior às promoções.

“Em geral, a TV de 32 a 40 polegadas está substituindo o televisor de tubo na casa dos brasileiros”, diz William Lima, gerente de TVs da Samsung. E esse é um mercado com grande potencial de crescimento.

Tela fina substitui tubo

Uma pesquisa da Kantar Worldpanel encomendada pela Sony apontou que pouco mais de 20% dos brasileiros tinha TV de tela fina em casa até 2013. “É grande o leque de consumidores que vai querer trocar de aparelho nos próximos anos”, declara Bottura.

Para não deixar nenhum tipo de consumidor descontente, as linhas de produtos estão cada vez mais variadas. “Muitas vezes, a única opção que cabe no bolso é uma TV monitor de 24 polegadas”, comenta Molina.

Mas o foco principal dos fabricantes é a outra ponta, as TVs com mais de 46 polegadas, de alto valor agregado. A LG, por exemplo, terá 19 modelos desse tipo em 2014, o que corresponde a 56% da linha.


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