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Do tubo às telas de até 60 polegadas: Como eram as TVs na época das novelas do Viva

REPRODUÇÃO

TV de tela plana da Sony com imagem da novela Era Uma Vez...

TV de tela plana; sonho de consumo em 1998, quando estreou a novela Era Uma Vez...

EDUARDO BONJOCH

edubonjoch@gmail.com

Publicado em 27/3/2021 - 7h05

Quem acompanha as reprises das novelas no canal Viva nem imagina quais eram as TVs mais desejadas pelo consumidor no ano em que estas produções foram ao ar pela primeira vez na Globo. Muito distantes das TVs de LED atuais com resolução Full-HD e 4K, os televisores de tubo de 20 polegadas eram a sensação em 1987, quando Sassaricando se tornou um sucesso na faixa das sete.

Na década de 1990, quando a Globo exibiu A Viagem (1994) e Era Uma Vez... (1998), o sonho de consumo de grande parte dos brasileiros era ter em casa uma TV de tubo de 29 polegadas. Quanto mais recursos, como menu na tela e som estéreo, melhor.

E vieram as TVs de tubo com tela plana widescreen, que acompanhava o formato mais retangular do cinema; e as TVs de plasma e de LCD, mais finas e que podiam ser penduradas na parede como quadros. De custo muito alto, estas opções ficaram restritas a poucos privilegiados em 2003, quando Mulheres Apaixonadas entrou no ar na faixa das nove. Acompanhe toda esta evolução na reportagem a seguir:

reprodução

TV de tubo de 20"; tamanho era referência

1987 – Tancinha na TV e no videocassete

Grande sucesso de audiência na faixa das sete, Sassaricando estreou na Globo em 1987. Naquela época, a TV de tubo de 20 polegadas era um dos produtos mais cobiçados pelos brasileiros.

Melhor ainda se fosse um modelo com controle remoto e função Sleep ou Timer, nomes diferentes dados pelos fabricantes para a mesma novidade, que ainda estava restrita a poucos televisores mais avançados. Presente até hoje nos televisores, este recurso permite desligar automaticamente a TV após um período pré-programado.

Quem não quisesse perder um capítulo da trama tinha a opção de agendar a gravação dos capítulos com um videocassete. Este produto, que deu liberdade para que o telespectador visse a programação de TV na hora que quisesse, popularizou-se em 1986 e se tornou um verdadeiro fenômeno de vendas durante vários anos.

reprodução

TV de tubo de 29"; menu na tela e som estéreo

1994 – A Viagem em 29 polegadas

No ano em que o Brasil se consagrou tetracampeão de futebol na Copa do Mundo dos Estados Unidos, a venda de TVs bateu recorde, chegando a 4 milhões de unidades, 700 mil a mais do que em 1993. Na ficção, a novela das sete A Viagem despertava a curiosidade do telespectador ao abordar como tema central a vida após a morte. E o sonho do consumidor era acompanhar tudo isto em uma TV de tubo de 29 polegadas.

Os recursos também evoluíram. Na parte de imagem, o menu na tela facilitou a operação do produto pelo controle remoto, levando mais tecnologia aos aparelhos. Quanto ao áudio, o destaque era a consolidação do som estéreo, que se tornou obrigatório nos modelos mais refinados a partir de 20 polegadas.

1998 – Era Uma Vez... na tela plana

Novamente, a Copa do Mundo aqueceu as vendas de TVs já no primeiro semestre do ano, quando a novela Era Uma Vez... estreou na faixa das seis. Nas lojas, o consumidor passou a encontrar produtos de novas marcas, como Samsung, LG (antiga Goldstar), JVC, Zenith e RCA, que começaram a incomodar as já consagradas Philips, Sony, Philco Hitachi, Semp Toshiba, Mitsubishi, CCE e outras.

O aumento da concorrência fez os preços baixarem, inclusive entre as TVs de 29 polegadas. Neste segmento, a novidade do ano foi a chegada das telas planas, acabando com as linhas arredondadas e curvaturas nos cantos da imagem. Entre os principais benefícios, estavam a redução nos reflexos e distorções laterais, além da ampliação do ângulo de visão, assegurando um melhor aproveitamento das telas.

Quem queria (e podia) estar um passo à frente, passou a investir em TVs de retroprojeção, que utilizavam uma tecnologia similar à dos projetores de vídeo para produzir modelos de 40 a 71 polegadas. Detalhe: além do alto custo, o transporte destes aparelhos se tornava um grande problema, já que as TVs maiores chegavam a pesar quase 200 quilos.

Na contramão dos grandes gabinetes, as primeiras TVs de tela fina chegaram ao mercado também em 1998. A Philips foi uma das pioneiras ao lançar uma TV de plasma de 42 polegadas com tela widescreen (mais retangular) e resolução de 852x480 pixels (similar à do DVD, outra novidade da época). A novidade saía pelo preço de um carro sedã, como o Chevrolet Vectra.

reprodução

TV de plasma; alta resolução e formato de cinema 

2003 – TV fina para Mulheres Apaixonadas

Quando a trama das nove de Manoel Carlos estreou, o mercado continuava dominado pelas TVs de tubo, com destaque para o avanço das telas planas. O crescimento era visível, com mais de 30 modelos deste tipo sendo vendidos nas lojas, de 29 a 38 polegadas.

A maioria tinha tela quadrada no formato 4:3, padrão utilizado desde os primeiros televisores na década de 1950. Com a popularização do DVD, aumentou a oferta de TVs widescreen, com tela 16:9, formato adotado no cinema e mais natural à visão humana.

Já se sabia também que o padrão seria o mesmo da TV digital brasileira, lançada em 2007. O investimento era alto: em 2003, uma TV widescreen de 32 polegadas custava o dobro de um modelo 4:3 de 29 polegadas.

Com design moderno e espessura reduzida (de 10 a 15 centímetros), as telas finas widescreen de plasma e de LCD podiam ser penduradas na parede, o que fascinava o público com mais grana. As telas maiores, de até 60 polegadas, eram de plasma, tecnologia que anos mais tarde seria engolida pelo LCD.

A resolução também melhorou, inaugurando uma nova categoria de produto: as telas finas de alta definição. Eram modelos já compatíveis com os sinais da futura TV digital (HDTV), dos discos Blu-ray e games HD a serem lançados nos anos seguintes.


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