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NA NETFLIX

'Salve Jorge espanhola', Sky Rojo tem tráfico humano, sexo e violência

FOTOS: REPRODUÇÃO/NETFLIX

Lali Espósito, Yani Prado e Verónica Sánchez caracterizadas como Gina, Wendy e Coral, da esquerda para a direita, em Sky Rojo

Lali Espósito, Yani Prado e Verónica Sánchez em cena de Sky Rojo, série da Netflix

PAOLA ZANON

paola@noticiasdatv.com

Publicado em 27/3/2021 - 7h00

No ar desde o último dia 21, Sky Rojo é a nova série espanhola da Netlfix, produzida pelos mesmos criadores de La Casa de Papel. Para os brasileiros, parte do enredo pode lembrar a trama principal de Salve Jorge (2012), que abordou o tráfico internacional de mulheres para submetê-las à prostituição em um país da Europa.

Além do drama das mulheres presas em um bordel de Tenerife, uma das ilhas paradisíacas no arquipélago das Canárias, na Espanha, a série, que está no Top 10 da plataforma de streaming desde a estreia, serve um prato cheio com muito sexo, violência e cenas de perseguição.

A história já começa intensa, com Gina (Yani Prado), Coral (Verónica Sánchez) e Wendy (Lali Espósito) escapando da escravidão no clube de prostituição após cometerem uma série de crimes e deixarem cadáveres para trás.

Confira abaixo cinco motivos para maratonar Sky Rojo:

[Atenção: este texto contém spoilers da primeira temporada da série]

Romeo e Gina discutem em cena de Sky Rojo

Tráfico internacional de mulheres

Logo no primeiro episódio, Gina entrega cerca de € 5 mil (R$ 33,8 mil) ao dono do Clube Las Novias na esperança de ser liberada de sua dívida. No entanto, Romeo (Asier Etxeansia) avisa que o débito aumentou com os gastos dela com lingerie, camisinha e maquiagem, tornando impossível a liberdade imediata da prostituta.

Ao fugir, a personagem de Yani Prado relata às amigas como foi parar no bordel: um dos cafetões a procurou em Cuba, oferecendo um trabalho como camareira. Ao fugir do clube noturno, Gina liga para sua família e acaba descobrindo que foi a própria mãe que a vendeu como prostituta para Moisés (Miguel Ángel Silvestre), em troca de uma mesada.

Romeo enforca Wendy em cena de Sky Rojo

Sexo, drogas e violência

Considerando a quantidade de assassinatos, sexo e consumo de drogas em Sky Rojo, a classificação indicativa para maiores de 18 anos não é exagerada. A série já começa com cenas de violência contra mulheres, envolvendo muito sangue e até um seio furado durante a briga de Gina e Romeo.

As cenas de sexo --e estupro-- também não ficam atrás. As prostitutas aparecem nuas diversas vezes, realizando os fetiches mais bizarros possíveis. Algumas imagens são tão explícitas que chega a ser um alívio ver Coral se enchendo de drogas sintéticas e Romeo separando quantidades de cocaína com uma espada.

Wendy e Romeo em cena de Sky Rojo

Por trás da prostituição

Até mesmo as prostitutas que chegam ao bordel por escolha própria relatam o sofrimento que o trabalho traz. As profissionais do sexo são obrigadas a deixar até que homens urinem nelas. Mesmo que estejam fora do clube e se recusem a transar, as protagonistas ainda são vistas como objeto sexual, o que ocasiona as cenas de estupro.

Apesar do horror, os relatos de Gina, Coral e Wendy mostram a realidade sobre o que as prostitutas precisam enfrentar. Fica muito claro que a maioria delas não escolheu esse trabalho por gostar de fazer sexo. "Será que um dia vou conseguir olhar um homem e sentir tesão em vez de nojo?", questiona a personagem de Verónica Sánchez.

Coral, Wendy e Gina se unem contra homens

Feminismo 

As protagonistas fogem do clube noturno após uma briga violenta com o dono para defender Gina. O trio é perseguido por dois cafetões durante toda a série e, apesar do medo, não deixa que as dificuldades e conflitos que surgem o separe. Quase todos os inimigos que elas encontram pelo caminho, inclusive, são homens.

Para cuidar uma da outra, as prostitutas encontram forças e enfrentam os sádicos Romeo, Moisés e Christian (Enric Auquer).

Christian e Moisés apontam arma para Wendy

Vilões x vilões

Não há inocentes em Sky Rojo. Todos os personagens, em algum momento da série, acabam cometendo pelo menos um assassinato --ainda que por acidente ou legítima defesa. A própria Coral confessa que chegou ao bordel por vontade própria ao fugir depois de matar sua ex-sogra por engano.

Sendo assim, a briga de vilões contra vilões obriga os telespectadores a torcer para que pelo menos um lado dos criminosos escape das consequências de seus atos, assim como em La Casa de Papel.

Assista abaixo ao trailer oficial da série:


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